Rui Falcão: Prisão de Mantega foi desumana e desnecessária

O presidente nacional do PT, Rui Falcão, afirmou, nesta quinta-feira (22), por meio de nota, que a prisão do ex-ministro Guido Mantega é “arbitrária, desumana e desnecessária”. Após decretar a prisão do ex-ministro na 34ª fase da Operação Lava Jato enquanto estava no hospital acompanhando a esposa numa cirurgia de tratamento de câncer, o juiz Sérgio Moro revogou a decisão.

Rui Falcão - Agência Brasil

Assim como afirmou o ex-presidente Lula, o presidente do PT disse que a denominada operação Arquivo X, deveria se chamar “Operação Boca de Urna”, uma vez que acontece às vésperas das eleições municipais.

Segundo ele, há um “excesso de coincidências” nas ações da Lava Jato. Além da proximidade das eleições para a deflagração da nova fase, ele citou o fato de o juiz Sérgio Moro ter recebido a denúncia contra o ex-presidente Lula na terça-feira (20), no mesmo dia em que Lula realizava uma teleconferência no lançamento da campanha “Stand With Lula” (Eu defendo Lula) organizada pela Confederação Sindical Internacional (UTC/CSI) em Nova York.

Falcão afirmou estar "revoltado" com a maneira pela qual Mantega foi preso e destacou que o "estilo de arbitrariedade e violação de direito" dos membros que integram a força-tarefa da Lava Jato é "insuportável".

"Não é possível que as pessoas suportem esse tipo de violência. Ele é ex-ministro, tem endereço fixo, já foi feita uma busca e apreensão na casa dele e ele não fugiu", disse o presidente PT em entrevista à Folha de São Paulo. "Apurem o que quiserem, mas isso não é aceitável. A maneira como é feita [a prisão] é midiática, faz parte do espetáculo", disparou.

Sobre as suposições apresentadas de que haveriam repasses de verbas para o PT, ele rebate: “O PT refuta as ilações apresentadas. Todas as operações financeiras do partido foram realizadas estritamente dentro dos parâmetros legais e posteriormente declaradas à Justiça Eleitoral”.