Publicado 21/09/2016 18:58
Após defender que “a história, como registro, não é neutra”, é expressão de um momento e depende de quem vai escrevê-la, Cortella avaliou que, daqui a 30 anos, pode ser que prevaleça a ideia de que se tratou de um golpe.
“Há momentos em que direito e justiça se afastam. Basta lembrar que a escravatura, há 150 anos, fazia parte da nossa legislação. Depois ela aparece como o que é: um horror. (…) Talvez, daqui há 30 anos, se diga que [o impeachment] foi um ato de violência simbólica, sem sangue, ainda bem, que não pode ser chamado de golpe no sentido clássico, mas cujo termo golpe não pode ser afastado na sua totalidade, se olhado em outro ângulo, que é que aquele que acabo de enunciar”, declarou.
Veja abaixo: