Uruguai considera destituição de Dilma uma “profunda injustiça”

No dia seguinte à consumação do golpe de Estado no Brasil, o Uruguai emitiu uma nota onde não fala absolutamente nada sobre o novo governo. Não deixa claro se manterá relações diplomáticas e comerciais ou não. Mas destaca que o impeachment da presidenta eleita Dilma Rousseff foi uma “profunda injustiça”.

Dilma e Vasquez

No documento o país diz que acompanhou com atenção todo o processo político e jurídico que culminou no impeachment e, neste momento de tenção, destaca o papel fundamental desempenhado por Dilma para fortalecer as relações bilaterais. “O Uruguai deseja destacar o papel da presidenta Dilma Rousseff em fortalecer a histórica relação bilateral, que permitiu uma aliança estratégica que resultou em benefícios para ambos os povos”.

Ainda no mesmo documento, o país envia solidariedade aos brasileiros que escolheram sua presidenta através das urnas, num processo democrático e transparente. “O Uruguai deseja que no marco da institucionalidade democrática, o povo brasileiro alcance seus objetivos de estabilidade e desenvolvimento”.

A Colômbia também emitiu uma nota nesta quarta-feira (31) onde diz que por respeitar os princípios de não interferir nos assuntos internos dos Estados soberanos, pretende continuar trabalhando em parceria com o Brasil a fim de manter a estabilidade e as conquistas dos cidadãos da região. O país de Juan Manuel Santos também destacou o papel de Dilma para o fortalecimento da integração regional.

A Bolívia, o Equador e a Venezuela não reconhecem o governo ilegítimo presidido por Michel Temer. Imediatamente após o golpe, estes três países anunciaram que convocariam seus embaixadores para consultas.