Itamaraty convoca embaixadores do Equador e Venezuela

Depois de consumado o golpe parlamentar contra a presidenta Dilma Rousseff, a Bolívia, o Equador e a Venezuela se manifestaram contrários à medida e convocaram seus embaixadores para consultas. Em resposta, o Itamaraty anunciou que também vai retirar seus embaixadores destes países.

José Serra - Reuters

De acordo com o portal Opera Mundi, o Itaramaty já convocou os representantes em Caracas e Quito e as mesmas providências devem ser tomadas em breve em La Paz.

Sobre a Venezuela, especificamente, o Itamaraty divulgou uma nota na noite de quarta-feira (31) em que afirma que “repudia os termos do Comunicado emitido pelo Governo venezuelano”, em que Caracas afirma que o “golpe de Estado parlamentar (…) perigosamente substituiu ilegitimamente a vontade popular de 54 milhões de brasileiros, violando a Constituição e alterando a democracia desse país irmão”.

Em outra nota, a chancelaria brasileira diz lamentar as “manifestações de incompreensão” da Bolívia, do Equador e de Cuba sobre o afastamento definitivo de Dilma Rousseff. Para o Itamaraty, esses países “reincidem em expressões equivocadas que ignoram os fundamentos de um Estado democrático de direito”.

Em seu Twitter, o presidente do Equador, Rafael Correa, qualificou o impeachment de Dilma como “uma apologia ao abuso e à traição”. Evo Morales, por sua vez, também usou a rede social para condenar o “golpe parlamentar contra a democracia brasileira”.