Funcionários temem desemprego com privatização de estatais de energia 

Na audiência pública da Comissão Mista que analisa a Medida Provisória proposta pelo governo ilegítimo de Michel Temer alterando cinco leis do setor elétrico brasileiro e promover a privatização do setor, o representante dos funcionários no Conselho de Administração da CelgPar, Wagner Alves Vilela Júnior, reclamou que as medidas não consideram os trabalhadores das empresas estatais de energia e vai aumentar o desemprego no país. 

Funcionários temem desemprego com privatização de estatais de energia - Agência Câmara

“Os trabalhadores passaram anos estudando para entrar nessas empresas e, de repente, com o processo de desestatização, eles se veem desempregados”, afirmou.

Sem se opor à privatização, mesmo admitindo os prejuízos para os trabalhadores, o dirigente sugere que seja prevista na MP a continuidade do contrato desses trabalhadores após a privatização das empresas. O relator da comissão, deputado José Carlos Aleluia (DEM-BA), alega que não pode determinar como serão as contratações das empresas privadas.

O vice-presidente da Federação Nacional dos Urbanitários, Nailor Guimarães, se mostrou preocupado com a privatização de empresas que atuam em regiões de grande biodiversidade, como a Amazônia. “Essa MP entrega as estatais, construídas com muito suor, a grupos privados. Provavelmente também a grupos estrangeiros. Parte das distribuidoras é na Amazônia. Se por acaso forem vendidas para grupos chineses, a biodiversidade ficará a mercê de pesquisadores chineses”, considerou.