Senador golpista reconhece na TV: Não houve crime de Dilma

Pouco depois da votação na qual ajudou a tirar o mandato de Dilma Rousseff, o senador Acir Gurgacz (PDT-RO) concedeu entrevista na qual confessa que a da presidenta eleita foi afastada sem que tenha havido crime de responsabilidade.

Acir Gurgacz - Pedro França/Agência Senado

Na TV Senado, ele admite: “Não foi fácil, é uma decisão difícil porque impacta no nosso país. Nós temos a convicção de que não há crime de responsabilidade fiscal nesse processo, mas falta governabilidade, e a volta da presidenta nesse momento poderia causar um transtorno ainda maior para a economia brasileira”.

Relator das contas da presidenta de 2014, Gurgacz (PDT-RO), apresentou, em dezembro do ano passado, parecer pela aprovação, mesmo com as chamadas pedaladas, refutando parecer do Tribunal de Contas da União. Na ocasião, ele ainda defendeu a legalidade dos decretos assinados por Dilma, com a liberação de créditos extraordinários.

Pedaladas e decretos de suplementação orçamentária eram justamente os temas que sustentavam o pedido de impeachment. Ou seja, mesmo sem concordar que a presidenta cometeu crime, o senador votou pelo afastamento.

Na tentativa de justificar o voto, ele disse que seguiu a vontade da população. Não levou em conta, portanto, que 54,5 milhões de eleitores – a maioria do povo brasileiro – escolheram Dilma para governar o país. Confira aabaixo o vídeo: