Veteranos apoiam jogador da NFL que se recusou a cantar hino americano

Colin Kaepernick, jogador de futebol americano da liga nacional (NFL), se recusou a cantar o hino do país, em protesto contra o assassinato de negros pelas polícias dos Estados Unidos. Isso levou várias figuras do esporte a criticá-lo nas redes sociais. Mas o tiro saiu pela culatra, já que o jogador recebeu apoio da associação de veteranos de guerra dos Estados Unidos.

Colin Kaepernick, quarter-back do 49ers de São Francisco

Kaepernick disse que não "se levantará e mostrará orgulho" por um país que oprime e mata os negros, se referindo à série de assassinatos cometidos pelas polícias estaduais nos últimos meses contra cidadãos negros.

A hashtag #VeteransForKaepernick foi compartilhada milhares de vezes nas últimas horas, em apoio ao atleta. Apesar disso, torcedores do seu time, o 49ers da cidade de São Francisco, queimaram camisas com seu número e o vaiaram durante uma partida na última sexta-feira.

O jogador de 28 anos, que é uma das vozes que apoiam o movimento Black Lives Matter, falou à mídia oficial da NFL que "para mim, isso é mais importante que o futebol e seria muito egoísmo da minha parte me comportar de outra maneira. Há corpos nas ruas e pessoas sendo pagas para isso e sendo inocentadas por assassinatos".

Kaepernick foi atacado por alguns ex-jogadores e ex-militares. Eles o chamaram de "idiota" e de alguém que desrespeitava a bandeira do país. Porém, os veteranos de guerra se juntaram para defender o jogador nas redes sociais. Eles postaram milhares de mensagem em apoio ao jogador, com a hashtag citada.

A liga nacional respondeu à polêmica, afirmando que os jogadores são "encorajados, mas não obrigados" a se perfilarem durante a execução do hino dos Estados Unidos.

O técnico do 49ers, Chip Kelly, também apoiou a decisão do jogador e disse que "é um direito que ele tem como cidadão" fazer ou não o que fez.

Do Portal Vermelho, com agências