Luciana: Dilma desmontou um a um os argumentos golpistas

A deputada federal e presidenta nacional do PCdoB, Luciana Santos, afirmou, nesta segunda (29), em Brasília, que o país assiste à uma tentativa de rasgar a Constituição de 1988. Ao denunciar o caráter político do processo de impeachment, ela ressaltou a importância da resistência popular para barrar o retrocesso.

Luciana Santos - Foto: Richard Silva/ PCdoB na Câmara

“Estamos diante de uma farsa e, ao mesmo tempo, de uma tragédia, porque estamos assistindo rasgarem a Constituição brasileira e o retrocesso de uma agenda ultraliberal, imposta pela força”, disse, durante manifestação em Brasília.

Segundo ela, até agora, os apoiadores do impeachment não conseguiram mostrar que crime responsabilidade a presidenta Dilma Rousseff teria cometido. “Todos sabem que não existe crime de responsabilidade. É um julgamento eminentemente político. Hoje Dilma desmontou um a um os argumentos golpistas”, discursou.

De acordo com a parlamentar, o que está em jogo é o legado de conquistas sociais dos governos Lula e Dilma. “Nós, nas ruas e nas redes, temos que enfrentar esse momento com muita altivez. Não é Dilma que está no banco dos réus, mas a democracia e o povo brasileiro, que precisa ter suas conquistas garantidas. O que está em curso é uma ameaça a um legado de ascensão social, de combate à pobreza, de enfrentamento das desigualdades regionais, do Fies, do Pruni, de expansão das universidades, da infraestrutura urbana”, declarou.

Luciana também criticou integrantes da equipe da presidenta que agora se voltam contra ela. “Lá [no Senado], vimos os que foram ministros de Lula e Dilma traindo as conquistas de que eles mesmos foram beneficiados”, disparou.

E citou que as forças por trás do impeachment querem desnacionalizar a economia brasileira, entregar terras a estrangeiros e impor a perda de direitos trabalhistas, a exemplo do projeto que visa sobrepor os acordos negociados àquilo que está na legislação. “Por isso, vamos precisar mais que nunca da força do povo, da resistência para barrar os retrocessos”, encerrou.