
Fitmetal: DRU aprovada no Senado aprofunda "Estado MÃnimo"
Na última quarta-feira (24), o Senado aprovou a PEC (Proposta de Emenda à Constituição) de Desvinculação das Receitas da União, Estados e MunicÃpios (DRU). De acordo com Marcelino Rocha, presidente da Federação Interestadual de Metalúrgicos e Metalúrgicas do Brasil (FITMetal), a DRU e outras medidas adotadas pelo Governo Interino são polÃticas do “Estado mÃnimo”, pois querem a ausência do Estado nas polÃticas sociais.
Com a aprovação da DRU, os governos ficam sem a obrigatoriedade de destinar até 30% de recursos para áreas especÃficas. A emenda, com validade até 2023, foi votada em dois turnos por alterar à Constituição. Na primeira apreciação foram 56 votos favoráveis e 13 contrários. No segundo turno foram e 54 favoráveis e 15 contrários.
Com a emenda, que segue para promulgação, o governo Federal poderá desvincular receitas relativas a impostos, taxas e multas, entre outros. Segundo informações Agência Senado, a expectativa é que a medida libere R$ 117,7 bilhões para uso do Executivo apenas em 2016. O Governo Interino pretende destinar esse valor ao pagamento da dÃvida da União, ou seja, o valor vai parar nas mãos do rentismo à s custas do desamparo ao povo.
Para completar, a medida se estende aos estados e municÃpios. Apesar da emenda não abranger recursos da saúde e educação, estas duas áreas, tão essenciais para o povo brasileiro, são alvos de outros projetos de Lei, como o PL 257/16 e a PEC 241/16.
“Se os prefeitos e governadores hoje já têm muitas dificuldades de investimento nas áreas sociais, a desvinculação das receitas traz ainda mais prejuÃzos para a sociedade. A DRU significa cortes nos investimentos gerais”, comenta.
Conforme Marcelino, em razão da crise polÃtica nacional que atinge diretamente a questão econômica, a grande maioria dos municÃpios estão falidos e os estados com dÃvidas com a União. Com a DRU, irão jogar a conta da crise nas costas da população mais carente.
“A polÃtica proposta pelo Governo Interino é estender o arrocho para os estados e municÃpios e os maiores prejudicados, como sempre, serão os trabalhadores e a sociedade que terão os fundos de assistência esvaziados”, completa.
Fonte: Fitmetal