Mensalão tucano: Juiz aceita denúncia contra sete, mas exclui Azeredo

A Justiça de Minas Gerais aceitou a Ação Civil Pública contra sete pessoas ligadas ao processo mensalão tucano em uma ação por improbidade administrativa nesta quarta-feira (24). Apesar da decisão, o magistrado deixou de fora o tucano Eduardo Azeredo, apontando como responsável pelo esquema de propinas para garantir a sua reeleição ao governo de Minas Gerais.

Senador Eduardo Azeredo (PSDB-MG), acusado de liderar esquema que deu origem ao ‘mensalão tucano’

O juiz da 5.ª Vara da Fazenda Pública Adriano de Mesquita Carneiro disse que rejeitou denúncia e o bloqueio de bens contra o ex-governador e ex-presidente do PSDB por “falta justa causa para prosseguimento da Ação Civil Pública”.

Azeredo é o principal foco da ação de desvio de dinheiro público de estatais mineiras em sua campanha à reeleição em 1998. O tucano foi condenado em 2015 em primeira instância a 20 anos e 10 meses de reclusão e a pagar uma multa de 1.904 salários mínimos.

Relembrando

Em dezembro do ano passado, Azeredo foi condenado após 17 anos da ocorrência do crime e do processo ficar 11 anos praticamente parado no Supremo Tribunal Federal.

Na época, o senador mineiro e presidente nacional do PSDB, Aécio Neves, disse ter ficado “surpreso com a condenação".

Na lista de crimes atribuídos ao ex-governador tucano, a Justiça elencou sete, entre eles o de peculato que é o desvio do patrimônio público para benefício próprio. O processo aponta o desvio de R$ 3,5 milhões de estatais mineiras por meio das empresas de publicidade de Marcos Valério. Os outros seis crimes são relativos a procedimentos de lavagem de dinheiro.