Kakay questiona PGR: Suspensão valerá para todas as delações vazadas?

O advogado Antônio Carlos de Almeida Castro, o Kakay, cobra em artigo publicado na Folha nesta quarta-feira (24) a apuração sobre o suposto vazamento da delação premiada de Léo Pinheiro, da OAS, à revista Veja. E pergunta se a suspensão imposta à empreiteira pela Procuradoria Geral da República “passará a valer para todas as delações que foram vazadas”.

kakay - Reprodução

Kakay questiona ainda o motivo, caso não tenha indicativo de conduta ilícita por parte do ministro do STF Dias Toffoli, alvo da capa de Veja, conforme informou a revista, “de existir um anexo” na delação sobre o magistrado. “Apenas constranger, ser vazado, criar um fato consumado”, responde.

“A Procuradoria-Geral da República possui condições de apurar quantas e quais pessoas tiveram acesso ao documento, já que tais fatos são sigilosos e devem estar na órbita de poucos. E mais: se não há indícios de crime, pode ter havido eventual abuso de autoridade na lavratura do mencionado anexo”, cobra o advogado, que defende 13 políticos e empresários alvos da Lava Jato.

“O país inteiro merece saber como se dão esses vazamentos”, prossegue Kakay. “Antes atingiam políticos e empresários; agora seus autores perderam completamente a vergonha e ousam encurralar um ministro da Suprema Corte”, diz. “Esperemos que essa ousadia encontre limite na independência e na soberania do juiz, seja ele de primeiro grau ou da mais alta corte do país.”