A essência da música brasileira, para ouvidos olímpicos

Casual e sedutora na superfície, engenhosa no fundo – o que é a música do Brasil, que está prestes a começar uma nova explosão de exposição global com o início das Olimpíadas no Rio de Janeiro.

Por Jon Pareles, Ben Ratliff, Jon Caramanica e Nate Chinen (*)

Música Brasileira - Divulgação

Este é um grande momento para descobrir como a música brasileira é ampla e profunda, e vai além dos estereótipos de desfiles de carnaval e novas bossas suaves pela praia.

A música brasileira revela a riqueza das tradições nacionais e regionais, mantidas ao longo de gerações, com uma mistura em constante evolução de elementos africanos, europeus e indígenas. Ao mesmo tempo, alguns brasileiros descrevem orgulhosos sua cultura como antropofágica ou, mais diretamente, canibal: pronta para engolir e digerir tudo o que chega.

Mesmo que valorizem suas raízes, músicos brasileiros assimilaram jazz, rock, reggae, metal, hip-hop, música eletrônica e muito mais; também embalam letras pop com complexa poesia alusiva. Os visitantes que chegarão ao Rio – física ou virtualmente – podem conhecer uma das culturas musicais mais criativas e diversificadas do mundo.

Aqui, críticos de música de The New York Times oferecem um kit inicial de 30 importantes canções brasileiras, históricas e recentes.

Veja a lista completa: 

Pixinguinha

Carinhoso (1928) – O estilo musical elegante conhecido como choro nasceu no Rio, no século 19, como adaptação de tradições populares, entre elas a habanera cubana, e a mazurca polonesa. Grupos de Choro são formados por flauta, cavaquinho (um instrumento de cordas), violão e percussão, num contraponto intrincado. A música também pode ser sentida como semelhante ao New Orleans ragtime – e, nesse caso, Pixinguinha, nascido Alfredo da Rocha Viana Jr. no Rio, poderia ser considerado o Scott Joplin brasileiro. Ele compôs muitas peças fundamentais do repertório de choro, incluindo Carinhoso, que mais tarde recebeu letra e foi cantado por cantores populares como Orlando Silva (Chinen).
 


Noel Rosa

“São coisas nossas” (1932) – Noel Rosa morreu de tuberculose aos 26 anos de idade, em 1937. Durante sua curta carreira, interagiu com a cultura musical negra do Rio. Era um o cantor e compositor de classe média branca; imaginou o samba como a identidade nacional: Os heróis de suas narrativas eram malandros do submundo para quem samba era uma fonte de orgulho e uma força de vida. Tomou o seu estilo da rua – e sua "prontidão", como ele a coloca nesta grande canção. (Ratliff)


Carmen Miranda

“O que é que a baiana tem” (1939) – Foi uma cantora branca, dançarina e estrela de cinema. Nascida em Portugal e criada no Rio, ela cooptou as roupas e os movimentos das baianas. No começo fez isso com estilo mas em seguida, exageradamente, obedecendo aos diretores de cinema norte-americanos; tornou-se assim a "senhora do chapéu de tutti-frutti", em muiros filmes, como Entre a loura e a morena (1942). Ela se tornou um símbolo internacional do Brasil, e isso não agradou a muitos brasileiros. Mas nos anos 60 foi redescoberta pelos musicos da Tropicália como um gênio pop-art: "Nós tínhamos descoberto que ela era ao mesmo tempo a nossa caricatura e nosso raio-X", escreveu Caetano Veloso em um brilhante ensaio em 1991. Ela era carismática, engraçada e uma cantora ritmicamente eficaz, embora nem sempre do ponto de vista técnico. O Que É Que a Baiana Tem? é uma canção escrita por Dorival Caymmi, e foi um de seus primeiros sucessos. (Ratliff)


Luiz Gonzaga

Asa Branca (1947) – A batida vivaz, o acordeão constante e o triângulo de "Asa Branca", marcam o baião, uma dança destilada por Luiz Gonzaga a partir de tradições do Nordeste do Brasil; pode lembrar a ouvintes norte-americanos a música Cajun. Parte de um lamento amargo. A asa branca é uma pomba que se acredita ser o último pássaro a sair durante a seca que atinge periodicamente o nordeste quente e árido do Brasil. A letra de Humberto Teixeira mostra a ave prestes a partir, mas relutantemente – "quando a lama virou pedra," – enfrentando a "triste solidão" e querendo um dia voltar. No Brasil, tornou-se um hino da chegada da saudade na cidade grande. (Pareles)


João Gilberto

Chega de Saudade (1958) – A bossa nova teve início no final da década de 1950 e logo se tornou xodó internacional, no início dos anos 1960. Influenciada pelo samba, por ritmos afro-brasileiros e por aspectos da cultura dos EUA do pós-guerra; conota luz e espaço, uma paz interior altamente rítmica. João Gilberto era (e ainda é) a figura misteriosa em seu centro, colocando seu suave ronronar, contra a mudança dos padrões do violão; em Chega de Saudade ele basicamente define as dimensões da bossa nova. (Ratliff)


Dorival Caymmi

O Mar (1959) – Cantor e compositor de voz profunda, Caymmi construiu uma imagem introspectiva da Bahia: Muitas de suas canções, incluindo O Mar, do álbum sublime Caymmi e Seu Violão, foram escritas sobre ou a partir da perspectiva dos pescadores, quando o mar é ao mesmo tempo beleza, local de trabalho, história e perigo. (Ratliff)


Antônio Carlos Jobim

A felicidade (1959) – Antonio Carlos Jobim – A delicadeza da bossa nova pode ser enganosa. A batida é um microcosmo sutil de baterias de percussão de samba, enquanto as melodias cativantes escondem harmonias de jazz sofisticadas. Aparentemente as indiferentes letras da bossa nova estão cheias de qualidades particularmente brasileiras, resumidas pela palavra portuguêsa "saudade", que mistura lembrança, tristeza e memória. A Felicidade por Jobim, a bossa preeminente nova do compositor, tem letra de Vinicius de Moraes, contempla a efemeridade de felicidade com frases que sobem depois de deslizar para baixo, ao longo de caminhos elegantemente cromáticos. Abre com um dos mais perfeitos dísticos poéticos em qualquer língua, colocando polissílabos contra monossílabos: "Tristeza não tem fim / Felicidade sim" (Pareles)


Maysa

O Barquinho (1961) – Este é uma gravação quase perfeita que demonstra a ginga brasileira. Em 1961, Maysa Matarazzo, uma cantora de bossa-nova cuja vida tumultuada chegou a ofuscar seu grande talento, gravou O Barquinho, de Roberto Menescal e Ronaldo Bôscoli. Sua versão, com uma seção rítmica de jazz e cordas ao fundo, arrasa todas as outras gravações, principalmente por suas contradições: ela parece cansada, ingênua, mas é precisa em sua imprecisão. Seu sincronismo e entrega percorre tudo – ela começa investindo numa frase com esperança e beleza e, em seguida, corta a próxima nota para baixo. (Ratliff)


Moacir Santos

Coisa nº 5 (Nana (1965) – Moacir Santos, um multi-instrumentista e compositor que morreu em 2006 aos 80 anos de idade não era conhecido tanto por sua virtuosidade como pela luminosidade original na composição e arranjo. Você poderia chamá-lo ellingtoniano a esse respeito mas, como a maioria dos outros, ele era inteiramente brasileiro. Você pode notar sua medida completa com na gravção de 1965 que, recebendo letra depois, se transformou na música Nanã, foi gravada de vezes. (Ratliff)


Caetano Veloso

Tropicalia (1968) – Caetano Veloso e Gilberto Gil são os heróis da Tropicália, uma revolução musical que empurrou o pop brasileiro na era psicodélica e trazendo o modernismo literário nas letras. A ascensão popular do movimento deixou perplexa e alarmada a ditadura militar, que, em 1968, prendeu as duas estrelas em ascensão, e exilou-as e, Londres (onde adicionaram mais do rock Inglês a seus vocabulários). Tropicália derrete-se numa marcha de carnaval melodiosa com orquestração inusitada, enquanto suas letras obliquamente esboçam o manifesto cultural de uma nação. (Pareles)


Chico Buarque

Construção (1971) – Chico Buarque é um cantor e compositor célebre por suas idéias musicais sofisticadas, sua elegante abordagem lírica e – em uma série de momentos importantes – seus gestos corajosos de protesto. Construção é a faixa-título de um álbum lançado em 1971, durante a ditadura militar no Brasil, e tornou-se um clássico. Na superfície da canção conta a história de um trabalhador da construção que cai – ou possivelmente salta – para a morte. Mas as imagens, deslocando sutilezas nas letras, sugerem uma alegoria política, e a música é muitas vezes entendida como uma crítica velada. (Chinen)


Gilberto Gil

Expresso 2222 (1972) – A velocidade vertiginosa de síncopes de guitarra de Gilberto Gil é ideal para uma canção de trem surreal que ele escreveu durante o exílio em Londres, e lançou em 1972, quando retornou ao Brasil. O trem expresso que ele está cantando sobre começa em uma estação de otimismo no Rio de Janeiro (Bonsucesso) e apressa-se para o futuro. De 2003 a 2008, Gil foi ministro da Cultura do Brasil. (Pareles)


Antônio Carlos Jobim

Matita Pere (1973) – Em meados da década de 1970, Tom Jobim fez gravações orquestrais imaginativas, e esta é uma das melhores. Ele canta de forma confidencial, sobre arranjos para várias flautas, clarinete, violão, triângulo e um palco cheio de cordas; há passagens de beleza cinematográfica e engenhosa, distantes da concisão pop de Garota de Ipanema e Corcovado. (Ratliff)


Cartola 

O mundo é um moinho (1976) – As Escolas de Samba do Rio de Janeiro começaram no final de 1920 a competir no carnaval, mas também atuam como grupos comunitários em bairros pobres. Uma das mais antigas e fortee é a Mangueira, e um de seus fundadores foi o cantor e compositor Cartola, que só teve grande sucesso nos anos 60, que também foi a última década de sua vida. O mundo é um moinho é uma doce canção de conselho para um jovem: "Ouça-me, amor", canta, (Ratliff) "o mundo é um moinho / ele vai esmagar seus sonhos."


Jorge Ben

Xica da Silva (1976) – Jorge Ben trabalhou todas as paradas do continuum postsamba, em êxtase, cantando e dedilhando no ponto de fuga e construindo uma longa lista de grandes canções. Esta está perto do topo. Trata-se da vida real de uma heroina popular: uma escrava africana do século 18, que se torna amante de um empreiteiro de minas de português no Brasil e o domina. Foi destaque no filme de mesmo nome por Carlos Diegues; a faixa do álbum, do registro de Jorge Ben "África Brasil", é um canto repetido em um lento e profundo funk brasileiro. (Ratliff)


Hermeto Pascoal 

Missa dos Escravos (1977) – A concepção de música de Hermeto Pascoal é grande o suficiente para acomodar jazz, improvisação livre, formas clássicas e folclóricas, cantando, gritando, rindo e – nesta faixa-título de um de seus álbuns mais célebres – os gritos de porcos reais. (Ratliff)


Milton Nascimento

Maria, Maria (1978) – A pureza do além da voz de Milton Nascimento, do barítono ardente de falsete angélico, que sublinhou o sentido da reverência em suas canções através das décadas: reverência à natureza, às pessoas comuns, à tradição, à justiça. Ele também é um admirador profundo dos Beatles. "Maria, Maria", lançada em 1978, presta homenagem à força de todos os dias das mulheres latino-americanas. Seu tom é caracteristicamente edificante, e tem uma pitada de Lennon-McCartney e um coro empolgante que a tornou um hino em todo o Brasil. (Pareles)


Maria Bethânia

Mel (1979) – Maria Bethânia, uma cantora qie aperfeiçoou um tipo imperioso e altamente emocional de cabaret-pop no final dos anos 60; esta faixa, com fácil ritmo e violão de aço, vem de seu álbum de mesmo nome. Foi escrita por seu irmão Caetano Veloso e o poeta Waly Salomão. Ela declama as palavras, surpreendentemente sexuais e altamente poéticas como se cantasse um hino nacional, e ainda assim a música continua a ser astuta e contagiante. Eu sabia que um funcionário na East Village Tower Records, nos anos 80, iria jogar "Mel" quando quisesse vender muito. (Ratliff)


Gonzaguinha

O que é, o que é (1982) – Nascido em uma favela do Rio, em 1945, Gonzaguinha abraçou a música como um direito de nascença: seu pai, Luiz Gonzaga, ainda é lembrado como o rei do baião. Mas começou por conta própria nos anos 70. Gonzaguinha encontrou o sucesso com a força de suas canções, que refletem as esperanças e lutas do povo. "O Que É, O Que É" é uma de suas criações mais duradouras, um padrão popular que a maioria dos brasileiros sabe de cor. Tem um pulso derivado da bateria, evoca o delírio percussivo do carnaval, e tem uma mensagem de elevação resiliente. Em seus versosGonzaguinha canta o sofrimento e impermanência, mas o coro continua voltando como uma afirmação exuberante e desafiadoramente infantil: "Para viver / Não ter medo / Para mostrar sua felicidade" (Chinen)


Chico Science

Maracatu Atômico (1994) – Na década de 1990 o cantor, rapper e compositor e sua banda, Nação Zumbi, chamou sua música "bit mangue": "bit mangue" (como em bits de dados) ou "batida de mangue", refletindo os manguezais de sua indigente cidade natal, Recife. Ele fundiu ritmos tradicionais com funk, hard-rock, hip-hop, com preocupações sociais urgentes e com a determinação de unir passado e futuro. "Maracatu Atômico", de 1994, transforma a batida frenética do Maracatu em arremessado do funk trás rap de alta velocidade de Chico. É irritado e articulado; a versão brasileira de grupos como Public Enemy, Rage Against the Machine e Calle 13. (Pareles)


Sepultura

'Raízes Roots Bloody' (1996) – A banda de rock Sepultura, de Minas Gerais, formada através de eras sucessivas de música extrema – thrash metal, death metal – no rumo do final dos anos 90 de som denso, com guitarra e percussão inspiradas em seu próprio país, não na república mundial de peso. Em várias faixas e sessões, com a colaboração do percussionista Carlinhos Brown, além de músicos xavante de Mato Grosso. Em "Roots Bloody Roots" a banda confiou mais em seus próprios recursos de guitarra. (Ratliff)


De Falla

Popozuda rock' n 'roll' (2000) – Um dos primeiros exemplos de funk carioca, o vertiginoso estilo de dança brasileira que tem uma enorme divida sonora com o rap de Miami e Nova York. Os pontos de referência aqui são claros: Beastie Boys. As batidas são diretas, as guitarras e o clima exuberantes. Mais importante, é uma representação embrionária do som que, na década de 2000, eventualmente daria lugar ao que é agora conhecido como baile funk. (Caramanica)


Deize Tigrona

Injeção (2004) – Uma canção agradavelmente picante por uma das melhores artistas do sexo feminino em baile funk – a metralhadora intensa, trilha sonora hipersexual da noite nas favelas do Brasil – "Injeção" tem a rápida exuberância, sob influência do som de Miami e também com um toque de tambores soltos, tradicionalmente brasileiro. Em 2005 foi usada como a base da de M.i.a. "Bucky done gun", parte do momento em que o baile funk começou a ser trazido para as favelas. (Caramanica)

Marisa Monte

Infinito particular (2006) – Marisa Monte canta com graça sobrenatural em Infinito Particular. A canção é um flerte cerebral: "Só não se perca quando você entrar no meu infinito particular", ela aconselha, enigmaticamente, acrescentando: "É único mistério, não é nenhum segredo". Sopros, cordas e percussão, todos ouvidos a uma distância nebulosa, enquanto sua voz flutua clara e estreita, acariciando cada frase. É uma afirmação da balada pop brasileira do século 21. (Pareles)


Carlinhos Brown

Magalenha (2012) – Desde a década de 1980 Carlinhos Brown tem sido uma força poderosa na música brasileira: cantor, compositor, produtor, organizador da comunidade. Com seu grupo de percussão Timbalada ele ajudou a re-energizar os sons de carnaval de axé e samba-reggae, e em uma corrida de gravações dispersa e por vezes brilhantes desde a década de 1990, ele exemplificou a atitude brasileira da história musical como um contínuo desenvolvimento. Em 2012, revisitou "Magalenha", um sucesso que escreveu para Sérgio Mendes no início dos anos 90; desta vez cantou acompanhado por instrumentos tradicionais (berimbau, agogô), bem como por um grupoo de bateristas do carnaval e cantores de apoio, e tratou a coisa toda com eco dub-reggae. É imponente e extravagante, como sua presença na rota carnaval. (Ratliff)


MC Bin Laden

Bololo HAHA (2014) – Em 2014, o baile funk tinha sido despojado e refinado em suas características essenciais – urgente, rápido, implacável – e tinha em grande parte superado os antigos empréstimos tomados a Miami. "Bololo Haha" é quase radicalmente uma meditação esquelética e repleta de ruídos, acelerando os motores de motocicleta, sirenes de ambulâncias e o latido rouco de uma das estrelas atuais da cena, MC Bin Laden. No vídeo, ele está cercado por crianças com metade do seu cabelo tingido de loiro, como seu herói. (Caramanica)


MC Pikachu

Choque (Semana maluca) (2014) – Grande parte do moderno baile funk tem o cheiro de música infantil – o canto, o visual de desenho animado, a crueza quase doce. E assim esta canção, cantada por uma criança de verdade, faz sentido. A maior parte deste vídeo é filmado por MC Pikachu com a câmera na mão, em estilo Hype Williams invertido, com a perspectiva que enfatiza uma criança correndo de maneira selvagem. (Caramanica)


Elza Soares

A mulher do fim do mundo (2015) – Ela começou no final dos anos 50 como uma cantora de samba, com sua voz exuberante. Desde então Elza Soares fez cantou funk, rock e gravou hip-hop, e agora, numa devastadora obra-prima de vanguarda-pop, canta partes da vida brasileira irreveladas da música popular. (Ratliff)


Ava Rocha

Boca do Céu (2015) – Uma nova força na música brasileira – ela canta nas sextas à noite no Joe Pub. A música de Ava Rocha é elegante e confusa, casualmente ligada aos últimos 50 anos de pop brasileiro. A excelente gravação feita no ano passado, "Ava Patrya Yndia Yracema," puxa a energia criativa da cena do Rio atual, defininda por sua voz rouca e uma banda flexível. (Ratliff)


Trio da Paz

Sampa 67 (2016) – O jazz brasileiro tem diversificado e evoluído desde o auge de "Getz / Gilberto", em 1964. Um dos principais conjuntos em nossa época é este, constituído por três virtuoses: o guitarrista Romero Lubambo, o baixista Nilson Matta e o baterista Duduka da Fonseca. Este ano, o grupo lançou "30", um álbum que celebra seu aniversário, com um toque típico. A faixa de abertura, "Sampa 67", diz mais do que você precisa saber sobre o trio; composta por Nilson Matta em homenagem a São Paulo, sua cidade natal, é um passeio rápido, cinético cheio de complexidades harmônicas. Cada músico tem sua chance de brilhar. Ouça como um solo de baixo leva a uma série de trocas de fogo rápido entre guitarra e bateria. (Chinen)