Estudantes chilenos fazem novas manifestações em defesa da Educação

A Confederação de Estudantes do Chile (Confech) se manifestou nesta quinta-feira (28) contra a reforma educacional proposta pelo governo da presidenta Michelle Bachelet. O objetivo é condenar a educação mercadológica e criticar a atuação da ministra da Educação, Adriana Delpiano, o do ministro da Fazenda, Rodrigo Valdez, explicaram os estudantes.

Manifestação estudantil no Chile - Efe

A entidade pediu autorização à política para marchar nesta sexta-feira (29) nas principais avenidas da capital Santiago. A presidenta da Confech, Camila Rojas, disse à imprensa local que “é um percurso que há muito tempo não fazemos como estudantes por isso fizemos esta solicitação”.

Os estudantes não estão satisfeitos com a reforma educacional apresentada pela presidenta Bachelet porque, segundo eles, não vai mexer na estrutura do problema e manterá a lógica mercado que deixa a porta aberta ao lucro das grandes empresas do setor, principalmente na área do ensino superior.

A Confech lembra ainda que uma das propostas de governo de Bachelet era a gratuidade universal da educação.

Desde 2011 os estudantes ocupam as ruas do chile em defesa de uma educação pública de qualidade. Isso porque, lá mesmo as escolas do ensino básico públicas cobram algum tipo de taxa ou mensalidade, não há escolas gratuitas no país. Esta é uma das heranças mais cruéis dos anos da ditadura de Augusto Pinochet que privatizou serviços básicos e entregou bens naturais aos interesses estrangeiros.

Uma das propostas da plataforma de governo deste segundo mandato de Bachelet era Educação Pública Gratuita. A presidenta prometeu incluir 70% dos estudantes mais pobres na universidade.