Dirigente dos bancários da BA denuncia reforma trabalhista de Temer 

O ministro do Trabalho e Previdência Social, Ronaldo Nogueira, afirmou na quarta-feira (20), que vai enviar ao Congresso Nacional três propostas que preveem mudanças nas leis trabalhistas. As medidas, que vão incluir alterações na Consolidação das Leis Trabalhistas (CLT), foram duramente criticadas pelo presidente do Sindicato dos Bancários da Bahia, Augusto Vasconcelos. 
 

Augusto Vasconcelos, presidente do sindicato dos bancário da Bahia - Bocão News

“As grandes corporações, que apoiaram o golpe no Brasil, estão cobrando a fatura. Querem retirar direitos dos trabalhadores e rebaixar salários, aumentando a concentração de renda no país”, afirma.

 
Segundo as declarações do ministro, a proposta de reforma trabalhista a ser elaborada pelo governo vai valorizar a negociação coletiva e tratar de assuntos como salário e jornada, mas não vai permitir, por exemplo, o parcelamento de férias ou do décimo terceiro salário. 
 
Vasconcelos também criticou as propostas para a reforma trabalhista e para regulamentar o processo de terceirização no país que o governo deve lançar. “Os terceirizados ganham 25% a menos, trabalham quatro horas a mais e ficam 2,7 anos a menos no emprego, na comparação com os contratados diretos”, denunciou.
 
Centrais unificadas
 
Representantes das principais centrais, como Central de Trabalhadores e Trabalhadoras do Brasil (CTB) e Central Única dos Trabalhadores (CUT) também reagiram à declaração do ministro. Dirigentes afirmaram que os trabalhadores combaterão reforma trabalhista eu retire direitos.
 
Para fortalecer a posição unificada das centrais em defesa dos direitos trabalhistas será realizada no dia 26 de julho em São Paulo plenária nacional para divulgar o calendário unificado das centrais em defesa da CLT e demais conquistas históricas dos trabalhadores.