Temer vê rejeição apontada em pesquisa como "dentro do esperado"

De acordo com a pesquisa, 66% dos entrevistados disseram não confiar em Temer; 27% confiam, enquanto 7% não souberam ou não responderam. Apenas 13% dos entrevistados avaliam o governo como ótimo ou bom; 39% veem o governo provisório como ruim ou péssimo.

A fonte citada pela grande mídia admite que a série de denúncias envolvendo e derrubando ministros da cúpula de Temer – por participação em esquemas de corrupção e a articulação para aprovar o impeachment para barrar as investigações da Lava Jato -, ajudou a prejudicar a imagem do governo que eles queriam dar ao governo.

Diante disso, o plano agora “é não deixar a rejeição aumentar nas semanas até a votação do impeachment para recuperar a aprovação depois, quando Temer, efetivado no cargo, poderia tomar medidas mais efetivas”.

O pacote de supostas bondades de Temer, como o “reajuste” do Bolsa Família e mais recursos para a Educação, é parte dessa estratégia de tentar estancar a rejeição.

Outra saída que o gabinete dos sem voto busca é bajular os grupos que eles têm aprovação assegurada: os patrões. Na quinta (30), Temer se reuniu com presidentes de associações comerciais no Planalto, e na segunda (4) participa do Global Agribussiness Forum, onde irá receber um documento de apoio de diferentes associações de agronegócio.

Por outro lado, Temer vai evitar o contato com o povo pois, segundo as fontes ligadas a ele, “deve se concentrar em regiões onde tem mais apoio e onde as manifestações tendem a ser menores ou inexistentes”

O gabinete provisório chegou a pensar em fazer duas visitas ao Nordeste, por exemplo, mas foram canceladas na última hora porque a região “é considerada campo minado pelo Planalto”.