Jô Moraes defende escuta protegida para ajudar crianças e adolescentes

Crianças e adolescentes vítimas ou testemunhas de violência física, psicológica e sexual, quando expostos aos órgãos de segurança e justiça, sofrem violência institucional por falta de consideração quanto à condição de pessoas em desenvolvimento pelos órgãos de proteção. A deputada Jô Moraes (PCdoB-MG), da Frente Parlamentar em Defesa da Criança e do Adolescente, anuncia que a Câmara dos Deputados está discutindo um projeto de lei que institui a escuta protegida. 

Jô Moraes quer indenização para dependente de vítima de violência - Agência Câmara

Para fortalecer e aprimorar o projeto de lei que institui a escuta de crianças e adolescentes vítimas ou testemunhas de violência, a chamada escuta protegida, uma série de debates tem sido promovida na Câmara.

Jô Moraes afirmou que “é essencial o acompanhamento de uma equipe multidisciplinar nos depoimentos de crianças ou adolescentes”, após a audiência que reuniu, na quarta-feira (29), representantes do Fundo das Nações Unidas para a Infância (Unicef); do Conselho Nacional dos Direitos da Criança e do Adolescente; da Childhood Brasil; do Conselho Regional de Psicologia de São Paulo; e da Associação Nacional dos Defensores Públicos, além de parlamentares.

“É preciso levar em conta que a criança, já fragilizada, vive uma situação de revitimização quando tem de prestar depoimento após uma agressão. Também tem de ser levada em conta as especificidades da situação, muito difícil, de se colher o depoimento de uma criança de 4 ou 5 anos, que tenha sido abusada sexualmente”, pondera.