Bancada do PCdoB na Câmara destaca comunidade LGBT

No dia em que se comemora o Orgulho LGBT em todo o mundo, as deputadas Alice Portugal (BA) e Jandira Feghali (RJ) fizeram uma homenagem às comunidades de lésbicas, gays, bissexuais, travestis e pessoas trans em discurso na tribuna da Câmara nesta terça-feira (28).

Alice Portugal destacou que a Bahia é o segundo estado em número de assassinatos por ódio e intolerância em relação à opção sexual, onde foram registrados 33 casos em 2015, segundo o banco de dados do Grupo Gay da Bahia (GGB). Ela cobrou punição de maneira específica ao crime por homofobia.

“O crime de ódio infelizmente mata uma pessoa a cada 27 horas no Brasil. É uma situação, portanto, muito complicada que nós precisamos resolver, punindo de maneira específica o crime por homofobia, porque essa é uma opção individual que não pode ser criminalizada, como já foi em muitos lugares do mundo, porque está provado, não é doença, é opção individual, é circunstância individual, é direito humano que precisa ser respeitado. O meu respeito e o meu apoio a toda luta contra homofobia e pelos direitos humanos dos que fazem a sua liberta decisão acerca da opção sexual”, destacou a deputada baiana.

Líder da Minoria na Câmara, Jandira Feghali considerou absurdo ocorrerem assassinatos de homossexuais em pleno século XXI. “Não podemos aceitar intolerância e crimes. No dia LGBT, quero levantar a voz contra a homofobia e reforçar a defesa de que a Câmara dos Deputados respeite a diversidade e os direitos humanos”.

Para a deputada Angela Albino (PCdoB-SC), é fundamental conscientizar a população. “Qualquer tipo de violência a direitos fundamentais universais não pode ocorrer e se repetir em nenhum lugar do mundo. E aqui no Brasil, cabe a nós a missão de pavimentar um novo caminho para que as novas gerações sejam guiadas pelo respeito, amor e paz e tolerância. Só assim teremos uma humanidade melhor.”

O Dia Internacional do Orgulho LGBT é celebrado em 28 de Junho porque foi nesta data, em 1969, que um grupo de policiais invadiu bares frequentados por homossexuais e transexuais, em Nova York, e prenderam diversas pessoas. Em resposta àquela ação policial, houve uma rebelião da comunidade LGBT que começou no pequeno bar Stonewall Inn, localizado na Rua Christopher, que ainda existe e foi recentemente declarado monumento nacional.