Rejeição ao governo de Macri sobe 18% em seis meses

Desde que Mauricio Macri assumiu a presidência, em dezembro passado, a Argentina vai de vento em popa rumo ao naufrágio. Uma pesquisa divulgada nesta semana mostrou que a insatisfação dos argentinos com o novo presidente já aumentou 18% em apenas seis meses de governo e agora são cerca de 43% que desaprovam o neoliberal.

Mauricio Macri - AFP

A pesquisa foi feita a pedido do jornal La Nación e identificou também que apenas 19% dos argentinos consideram boa a situação do país, enquanto 39% acham que o cenário é “regular”.

Macri se elegeu com um discurso genérico e raso, mas que ainda assim convenceu os argentinos. Prometia “emprego para todos”, “guerra ao tráfico”, e “Argentina para os argentinos” (como se isso já não fosse algo bastante óbvio). Passados seis meses o país amarga uma crise aguda, com aumentos exorbitantes das tarifas dos serviços básicos.

Além disso, a onda de desemprego que assola os trabalhadores causou cerca de mil demissões por dia. Um verdadeiro desastre, para quem prometia “emprego para todos”. Não bastasse isso, Macri vetou a lei de proteção ao emprego apresentada e aprovada pelo Poder Legislativo.

Com este cenário, a aprovação de Macri despencou nos últimos meses, caiu cerca de 15 pontos rapidamente. Ainda é “positiva” porque seis em cada dez pessoas acreditam que será possível contornar o atual quadro até o final do ano.

O diretor da Poliarquia, empresa responsável pela pesquisa, Alejandro Catterberg, explica que “a sociedade avalia de forma crítica e com grande preocupação a atual conjuntura, mas, ao mesmo tempo, mantém expectativas elevadas em relação ao futuro”.