Espanha volta às urnas em novas eleições para o Parlamento

Mais de 36,5 milhões de eleitores voltam às urnas neste domingo (26) na Espanha para escolher 350 representantes do Congresso dos Deputados e 208 do Senado. O rei da Espanha, Felipe VI, dissolveu o Parlamento do país em maio e convocou novas eleições para o Legislativo. A medida foi porque em dezembro do ano passado os principais partidos eleitos não conseguiram formar um governo de coalizão.

Manifestação do Podemos na Espanha

Pela primeira vez, desde a redemocratização da Espanha, em 1975, os eleitores terão que voltar às urnas para recompor o Parlamento, base do sistema parlamentarista. É preciso que um partido obtenha maioria absoluta ou que dois ou mais partidos formem uma coalizão que atinja essa maioria. A partir daí, é escolhido o primeiro-ministro, que exerce o Poder Executivo junto com o gabinete de governo.

Pesquisas indicam que o PP (Partido Popular, de direita), do atual chefe de governo, Mariano Rajoy, está na frente das intensões de voto com 30%. Nas última eleições, em dezembro, conseguiram 28,7% dos votos, segundo a Agência Lusa.

A grande surpresa deverá ser o Unidos Podemos (uma aliança de esquerda que reúne comunistas, ecologistas e partidos regionais). Segundo as pesquisas, o grupo pode receber 26% dos votos e ultrapassar o PSOE (Partido Socialista Operário Espanhol), que nos últimos 35 anos alternou à frente do governo espanhol com o PP, conforme a Lusa

O PSOE poderá ser o fiel da balança, com 21% dos votos, quando em dezembro obteve 22%, e a ter de tomar a difícil decisão de se coligar à esquerda ou à direita, o que lhe poderá tirar ainda mais votos no futuro.