Mulheres do Foro São Paulo manifestam apoio a Dilma contra o golpe

Durante o Foro São Paulo que acontece em São Salvador, foi realizado o 7º Encontro de Mulheres que reuniu representantes de 17 países da América Latina, Europa e Estados Unidos.

Liege Foro de SP 2016 El Salvador

Sob o tema "As mulheres de esquerda e progressistas construindo o poder popular", o evento aprovou uma carta que manifesta solidariedade as brasileiras, em especial a presidenta Dilma Roussef, diante da investida golpista para afastá-la da presidência da República.

Presente ao evento, a secretária nacional de Mulheres do PCdoB e integrante do comitê de direção nacional da Federação Democrática de Mulheres( Fedim), Liège Rocha, denunciou que as mulheres brasileiras enfrentam a ameaça de subtração dos direitos conquistados diante da onda conservadora no país.

Confira a íntegra da carta aprovada que manifesta solidariedade com Dilma e contra o golpe que levou ao afastamento ilegal da presidenta:

"Nós representantes de vários países da América Latina e Caribe, reunidas no Encontro de Mulheres, realizado durante o 22º Encontro do Foro São Paulo, em El Salvador, de 22 a 26 de junho de 2016, preocupadas, com essa onda golpista que ataca o Brasil e outros países e governos progressistas democraticamente eleitos na América Latina, como a Venezuela, Bolívia, com acusações aos governos e seus principais líderes, numa nítida orquestração entre o imperialismo norte-americano, a grande mídia e grandes grupos econômicos, com o objetivo de desestabilizar a ordem democrática e impedir o avanço das conquistas sociais e populares alcançados na região nos anos recentes, manifestamos nossa solidariedade com as forças progressistas e democratas brasileiras que nesse momento lutam em defesa da democracia e contra o golpe.

Manifestamos nossa solidariedade com a Presidenta Dilma Rousseff, que desempenhou papel fundamental na defesa de uma sociedade soberana e independente, que retirou da extrema pobreza milhões de brasileiras e brasileiros, abriu as portas das universidades para negros e estudantes das escolas públicas, desenvolveu programas sociais como Minha Casa Minha Vida, que beneficiou principalmente as mulheres e defendeu uma pátria educadora com progresso para todos.

Juntamo-nos às brasileiras e brasileiros denunciando o golpe no Brasil que nos faz lembrar outros momentos históricos, na Europa e na América Latina, quando o fascismo e ditaduras militares cercearam a liberdade dos povos.

Manifestamo-nos em defesa da democracia no Brasil, da soberania dos povos e pelo desenvolvimento e da paz na América Latina, no Caribe e no mundo.

Lutamos pela emancipação das mulheres e dos povos, sem ingerências externas na perspectiva da construção de um mundo de igualdade.

El Salvador, 25 de junho de 2016."
Mulheres do Foro São Paulo "