Carina: Maioria do movimento estudantil é simpática a novas eleições

A presidenta da União Nacional dos Estudantes (UNE), Carina Vitral, afirma que as organizações que compõem a Frente Brasil Popular (FBP) estão debatendo a proposta do plebiscito e possível nova eleição presidencial para chegar a uma posição unitária. “A gente precisa fazer um processo de consenso progressivo. Debater bastante para chegar a um consenso”, diz.

Carina: Nossa defesa não é de um governo, mas sim da democracia

O tema foi discutido pela presidenta Dilma Rousseff, na reunião de terça-feira (14) no Palácio da Alvorada, com ministros de seu governo, partidos políticos aliados, senadores e várias entidades do movimento social e sindical. Nova reunião com o mesmo formato está prevista para terça-feira (21).

A posição que a FBP vai levar a Dilma na próxima reunião não será necessariamente a consensual ou definitiva, de acordo com Carina. “Vamos devolver esse debate para as organizações para tirar uma posição. Não sei dizer se vai ter uma posição definida (no dia 21) ou se a gente vai ter uma posição de seguir debatendo.” O que vai ser levado a Dilma “depende da reunião de segunda-feira”, explica, em referência ao encontro agendado pela frente para o dia 20.

Segundo Carina Vitral, a UNE, particularmente, está em processo de discussão do tema. “Vamos convocar uma reunião em todo o Brasil para deliberar com a base e entidades uma posição. Mas existe um entendimento da maior parte do movimento estudantil de simpatia a essa proposta (de plebiscito e eleição)”, diz.

A justificativa, de acordo com a ativista, é que a democracia “está enfraquecida” depois do golpe. Nesse contexto, “a luta não é a defesa de um partido e de uma presidente, mas de uma democracia, e é justo que a gente devolva ao povo o direito de decidir sobre os rumos do país”. Mas, para isso, diz Carina, a condição é que Dilma recupere o mandato.