Parlamentares brasileiros destacam aumento da homofobia  

O massacre que matou pelo menos 50 pessoas na madrugada de domingo (12), em uma boate gay de Orlando, nos Estados Unidos, repercutiu no Congresso brasileiro. Para os senadores que se manifestaram nesta segunda-feira (13), o mundo assiste ao aumento da intolerância contra minorias, como os homossexuais. As senadoras Vanessa Grazziotin (PCdoB-AM) e Gleisi Hoffmann (PT-PR) observaram que episódios de intolerância e homofobia são recorrentes também no Brasil. 

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A nota emitida pelo Ministério das Relações Exteriores sobre o caso também provocou críticas dos parlamentares. Nas redes sociais, a deputada Angela Albino (PCdoB-SC) afirmou que “a Nota do Itamaraty sobre tragédia de Orlando não faz nenhuma referência à homofobia como causa, fazendo uma referência genérica a uma ‘casa noturna’. Invisibilizar a intolerância só a potencializa.”

O senador Lindbergh Farias (PT-RJ) fez a mesma avaliação da deputada em discurso no plenário do Senado. Ele disse que a nota fala apenas em consternação, mas não se refere ao preconceito e à intolerância homofóbicos, que teriam motivado o massacre.

“A nota vacilante do Itamaraty, a nota covarde do Itamaraty não passou despercebida pelas diversas lideranças do movimento LGBT brasileiro, que a criticaram abertamente nas redes sociais”, afirmou.

Segundo ele, “a gritante omissão da nota do Itamaraty não se dá ao acaso, evidentemente. É preciso que se diga com todas as letras: mais além do projeto neoliberal no Estado e na condução da economia, também tomou de assalto o poder no Brasil um governo conservador, representativo de uma conjugação de forças regressivas relativa aos valores. É como se o Brasil tivesse retrocedido décadas na conquista de novos direitos sociais da comunidade LGBT, das mulheres, da juventude, dos negros, dos índios e de todos os oprimidos”, protestou.