Jandira Feghali: Não vão me intimidar com ilações e mentiras

A deputada federal Jandira Feghali (PCdoB-RJ) emitiu nota, nesta quarta-feira (08), em resposta às insinuações publicadas na coluna de Lauro Jardim, em O Globo. No texto, ela afirma que todas as doações de campanha que recebeu de empresas foram “públicas e registradas” e comunica que tomará medidas judiciais cabíveis contra as “distorções” da coluna.

Jandira Feghali - Foto: PCdoB Câmara
A publicação veio poucos dias após anúncio do desligamento do PCdoB do governo de Eduardo Paes (PMDB) do Rio de Janeiro e de anunciada a pré-candidatura de Jandira Feghali (PCdoB) à Prefeitura da cidade.

Nesta quarta, o colunista escreveu que, em sua delação, o ex-presidente da Transpetro, Sérgio Machado, teria afirmado que ajudou a captar recursos para a candidatura de Jandira junto à Queiroz Galvão.

“É sintomático que esta notícia, de forma descontextualizada, seja publicada no momento em que toma corpo minha pré-candidatura à Prefeitura do Rio de Janeiro, com chances de vitória”, diz a deputada na resposta.

Segundo Jandira, o próprio texto de Jardim, diferente do que anuncia em seu título, diz que as doações foram oficiais. “E afirmo que a única recebida pela Queiroz Galvão, em 2014, foi por meio de meu partido e não via Sérgio Machado”, esclarece a parlamentar.

Uma das principais defensoras do fim do financiamento empresarial de campanhas e contrária às manobras do ex-presidente da Câmara Eduardo Cunha para impedir essa proibição, Jandira destaca sua atuação em defesa do setor naval e dos trabalhadores. E coloca que, diante da regra que permitia doações das empresas, é natural que buscasse apoiadores entre os parceiros dessa luta.

“Fui apoiada em diversas campanhas por empresas que reconheceram em mim uma defensora da indústria naval. Não por esquemas, desvios em licitações ou pela busca de enriquecimento ilícito com aumento de patrimônio”, escreve, repudiando “provocações”.

Confira abaixo o vídeo e a íntegra da nota:

 
Jandira: Não vão me intimidar com ilações e mentiras

Em 1981 conheci a porta dos estaleiros, ainda como sindicalista. Entendi a importância do setor naval para a economia do Rio de Janeiro e para a geração de empregos. Desde então, a luta pelo soerguimento do setor e em defesa dos trabalhadores é uma constante no exercício de meus mandatos.

É natural, portanto, que ao procurar recursos para as minhas campanhas, diante da regra que permitia doações das empresas, eu buscasse os parceiros desta luta. Fui apoiada em diversas campanhas por empresas que reconheceram em mim uma defensora da indústria naval. Não por esquemas, desvios em licitações ou pela busca de enriquecimento ilícito com aumento de patrimônio.

As doações são públicas e registradas, os pedidos foram transparentes. A própria matéria, diferente do que anuncia seu título, afirma que as doações foram oficiais e afirmo que a única recebida pela Queiroz Galvão, em 2014, foi por meio de meu partido e não via Sérgio Machado.

Não tenho, pois, qualquer dor de cabeça pois sempre estive dentro da legalidade e da publicidade oficial dos pedidos e apoios. Apesar disso, é sintomático que esta notícia, de forma descontextualizada, seja publicada no momento em que toma corpo minha pré-candidatura à Prefeitura do Rio de Janeiro, com chances de vitória.

As insinuações contidas na nota veiculada pelo jornalista Lauro Jardim serão objeto de medidas judiciais cabíveis.

Provocações e distorções respondo com a verdade.

Jandira Feghali
Deputada Federal PCdoB-RJ