Movimentos da Alba condenam inércia da OEA sobre o golpe no Brasil

Os movimentos sociais da Aliança Bolivariana para os Povos de Nossa América (Alba) expressaram seu rechaço à atitude de ingerência do secretário-geral da Organização dos Estados Americanos (OEA), que solicitou a invocação da Carta Democrática para a Venezuela e a inércia do organismo com relação ao golpe no Brasil.

Manifestação contra o golpe no dia 18 de março de 2016

Por meio de um comunicado, os movimentos criticam a postura do secretário-geral da OEA, Luis Almagro, que “não invoca a OEA para condenar o golpe no Brasil, mas sim para golpear o povo que há 17 anos vem dando exemplos de dignidade para defender a soberania de seu território e tenta construir, desde baixo, a democracia participativa”.

Com relação à Venezuela, a nota afirma que “se trata de um ataque mais – e muito importante – no processo de guerra de quarta geração contra a Venezuela”. Reforça ainda que “a OEA é o organismo criado pelos Estados Unidos para dominar os países do restante do continente. Desde sua posse, Luis Almagro se tornou um serviçal dos interesses norte-americanos”.

Segundo os movimentos, a convocatória diplomática da OEA busca “estreitar o cerco sobre a Revolução Bolivariana, junto a um largo processo de assédio midiático, econômico e paramilitar”, cujo objetivo final é “retomar o controle da maior parte do continente com o triunfo de Mauricio Macri na Argentina e o golpe contra a presidenta Dilma Rousseff no Brasil”.

Diante deste cenário, os movimentos da Alba rechaçam a política desenvolvida pelo secretário-geral da OEA e criticam o fato de ele não invocar o organismo para condenar o golpe no Brasil. “É um tremendo cinismo de Luis Almagro que desnuda uma vez mais para quem joga e qual é a função da OEA, um organismo que assim como está nunca servirá para construir a integração, senão para que os Estados Unidos possam nos dividir e nos dominar”.