Defesa de Lula rebate Estadão e vai recorrer ao STF contra vazamentos

Os advogados da família do ex-presidente Lula, Roberto Teixeira e Cristiano Zanin Martins, divulgaram nota nesta terça-feira (31) em que rebatem as acusações publicadas pelo Estadão e repudiar o vazamento de informações.

Zanin Martins

"Além da inverdade publicada, é inadmissível que o vazamento tenha ocorrido antes mesmo que os advogados de Luís Cláudio tivessem acesso ao procedimento, em cumprimento à decisão do Ministro Dias Toffoli", diz os advogados por meio de nota, em referência ao filho de Lula rebatendo a matéria co o título: "Filho de Lula recebeu cerca de R$10 milhões".

"A verdade irrefutável é que Luís Cláudio não recebeu os valores indicados pelo jornal. A empresa Touchodow Promocoes e Eventos Ltda. atua na organização do principal campeonato de futebol americano no País e, para tanto, aufere receitas através de patrocínio e venda de ingressos, como qualquer outra do setor. E foi para esta atividade canalizadas as verbas de patrocínio obtidas na legalidade", argumento os advogados.

Sobre o vazamento, os advogados afirmam que a publicação é a prova da materialidade de um crime contra a administração da Justiça. "Um dia após ser publicada a decisão do Ministro Dias Toffoli, que finalmente permitiu aos advogados de Luís Cláudio Lula da Silva terem acesso a procedimento relativo à Operação Zelotes, reclamado, sem êxito, desde dezembro de 2015, o jornal vaza ilegalmente dados sigilosos da investigação", aponta a nota.

Para a defesa, o jornal publica inverdades “em sua campanha persecutória e difamante”. “Há muito o jornal usa suas páginas para lançar suspeitas indevidas sobre Luís Cláudio. E deve ser registrado que, após ser investigado por aproximadamente um ano no âmbito da Operação Zelotes, não foi identificado qualquer ato ilícito a ele atribuível, pela simples razão de que Luís Cláudio sempre observou a lei”.

E completa: "O que deduzir do fato? Aparenta ser uma represália aos advogados que buscam os direitos de seu cliente e ao próprio Ministro, que concedeu a medida com base em entendimento assentado na Corte (Sumula 14). O ocorrido será levado ao Supremo Tribunal Federal para que sejam tomadas as medidas necessárias para apuração da autoria do crime praticado".