Organização Transparência Internacional rompe com Michel Temer

A organização internacional classificou como “decepcionante” o fato do ministro da Transparência, Fiscalização e Controle, Fabiano Silverio, estar sob suspeita de corrupção.

Logotipo da organização Transparência Internacional

A organização Transparência Internacional anunciou nesta segunda-feira (30) que irá suspender o diálogo com o Ministério da Transparência, Fiscalização e Controle (MTFC) do Brasil até que “uma apuração plena seja realizada e um novo ministro com experiência adequada na luta contra a corrupção seja nomeado”.

“É decepcionante que o ministro encarregado da transparência esteja agora sob suspeita, como parte de uma operação abafa”, disse Alejandro Salas, diretor para as Américas da Transparência Internacional. A organização ainda escreveu, em nota, que “o governo deve garantir que quaisquer membros do ministério envolvidos em corrupção ou trabalhando contra o curso das investigações sejam exonerados”.

O atual ministro da pasta, Fabiano Silveira, foi flagrado em áudios orientando o presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), e o ex-presidente da Transpetro Sérgio Machado a se defenderem na Operação Lava Jato. O presidente ilegítimo Michel Temer decidiu manter Fabiano no cargo. Ele foi indicado por Renan Calheiros e Temer não quer aumentar o desgaste que já tem com o senador.

A parceria entre a CGU e a Transparência Brasil abrangia três frentes de trabalho, uma delas envolvia a participação na elaboração de propostas para a parceria internacional de Governo Aberto (Open Government Partnership – OGP).

A ironia da notícia é que, no entanto, a organização foi criada por estadunidenses ligados à CIA. Seu criador é Michael J. Hershman, que foi um dos responsáveis pelo recrutamento de informantes para o FBI assim como presidente-diretor geral da agência privada de "inteligência" Fairfax Group.

A Transparência Internacional é, antes de tudo, uma fachada para as atividades da CIA em matéria de inteligência econômica. É também um instrumento de comunicação utilizado para obrigar outros Estados a modificar suas legislações de forma favorável à abertura de seus próprios mercados.