Ministério de Temer é alvo de críticas de Vanessa Grazziotin 

“A última vez em que um Ministério foi formado sem uma mulher foi na época do (ditador Ernesto) Geisel, no iniciozinho da década de 70”, disse a senadora.

“O presidente biônico Temer dizia que faria ministério técnico e de alto nível. Mas agora vimos que só tem deputado, senador e presidente de partido. Cadê os técnicos? Cadê o alto nível? Ele começou mentindo e se desmoralizando, com sete ministros que são citados na Lava Jato”, ironizou a senadora.

E destacou que, entre os novos ministros, tem o deputado Ricardo Barros (PP-PR), que assume o Ministério da saúde, e queria cortar R$10 milhões do Bolsa Família do Orçamento para 2015, quando ele era o relator da matéria na Câmara.

A senadora apontou os nomes dos novos ministros – todos políticos e que votaram a favor do golpe contra a presidenta eleita Dilma Rousseff: o ministro das Cidades é o deputado tucano Bruno Araújo (PE); o líder do DEM na Câmara, deputado Mendonça Filho (PE), é o novo ministro da Educação e Cultura; Maurício Quintella, deputado do PR de Alagoas, ficou com o ministro dos Transportes; e o deputado Osmar Terra (PMDB-RS), “que considera Bolsa Família coleira política” assumiu o Ministério do Desenvolvimento Social e Agrário, destacou a senadora, citando alguns.

“Não há ministério técnico nenhum. Parece mais um parlamentarismo, em que o Presidente pegou todos aqueles que estavam na linha de frente do golpe e transformou-os em seus ministros”, avalia Vanessa.

E acrescenta: “Começa mal o Temer, mentindo, se desmoralizando! E não pode ser diferente alguém que assume o poder na base do golpe! Não pode ser diferente um Presidente biônico ilegítimo. Sete Ministros envolvidos na Lava Jato; nenhuma mulher e nenhum negro no seu Ministério”, criticou.