Vai ter muita luta e disputa, diz Dilma sobre anulação do impeachment

Durante cerimônia no Palácio do Planalto d e criação de cinco novas universidades, a presidenta Dilma Rousseff comentou durante o seu discurso sobre a decisão do presidente interino da Câmara dos Deputados, Waldir Maranhão (PP-MA), de anular a tramitação do impeachment.

dilma - Agência Brasil

Dilma pediu "cautela" e "calma" ao público que acompanhava, nesta segunda-feira (9). "A gente tem que saber é que nós temos pela frente uma disputa dura e cheia de dificuldades. Peço, encarecidamente, aos parlamentares e a todos nós uma certa tranquilidade para lidar com isso', enfatizou. "Vai ter muita luta e muita disputa", completou a presidenta, reafirmando que o impeachment é um "golpe de Estado".

"Soube agora, da mesma forma que vocês souberam. Apareceu nos celulares que um recurso foi aceito e o processo está suspenso. Estou falando aqui porque não podia fingir que não sei de nada. Mas não sei as consequências. Tenham cautela, vivemos uma conjuntura de manhas e artimanhas", afirmou.

Dilma assinou projeto de lei que cria mais cinco universidades federais. Em Goiás, as de Catalão e de Jataí, nos municípios do mesmo nome; em Parnaíba, Piauí, a do Delta do Parnaíba; em Araguaína, Tocantins, a do Norte do Tocantins; e em Rondonópolis, Mato Grosso, a de Rondonópolis. As novas universidades vão se juntar às 63 existentes, entre elas as 18 criadas desde 2003.

Na mesma cerimônia, a presidenta e o ministro da Educação, Aloizio Mercadante, inauguram 224 obras em 38 universidades federais, em todas as regiões do Brasil. Serão inaugurados ainda 41 campi e outras nove obras nos institutos federais.

Os 40 novos campi inaugurados hoje juntam-se aos 562 em funcionamento. Em 2008, foi instituída a Rede Federal de Educação Profissional, Científica e Tecnológica, quando os centros federais de educação tecnológica (Cefets) e as escolas técnicas federais tornaram-se institutos federais de educação, ciência e tecnologia.

Conae

A presidenta assina também o decreto de convocação da 3ª Conferência Nacional de Educação (Conae), atendendo ao previsto na Lei nº 13.005, de 25 de junho de 2014, que instituiu o Plano Nacional de Educação (PNE).

Outras duas conferências foram realizadas recentemente no país, sendo a última em 2010, reunindo representantes de governos estaduais, municipais, federal e distrital, além de organizações da sociedade civil ligadas à educação.

Dilma assina ainda mensagem que encaminha o projeto de lei sobre a instituição do Sistema Nacional de Educação. De acordo com o PNE, o sistema será o “responsável pela articulação entre os sistemas de ensino, em regime de colaboração, para efetivação das diretrizes, metas e estratégias do Plano Nacional de Educação”.