China: Declínio de jornais inspira mais integração da nova mídia

O declínio da mídia tradicional na China está inspirando as editoras a integrar mais novos meios de comunicação, pois um crescente número de pessoas obtém informações e entretenimento online, de acordo com um relatório sobre a indústria.

Smartphones se tornaram um dos meios de acesso à mídia na China

A Associação Nacional de Jornalistas da China (ANJC) citou nesta sexta-feira (29) em relatório os dados levantados pela Universidade Tsinghua, segundo os quais pouco mais de 45% dos chineses urbanos leram jornais diários em 2014, ante 53% em 2013.

Durante o mesmo período, o número de chineses que assistem televisão regularmente caiu de 82,2% para 78,8%.

Mais de 53% dos chineses consumiram vídeos online regularmente em 2014, um aumento significativo ante os 18,7% registrados em 2012, de acordo com os dados.

No primeiro semestre de 2015, os gastos com anúncios diminuíram 32,1% nos jornais e 3,4% na televisão, enquanto o mercado de anúncio na internet valia 53,24 bilhões de iuanes (US$ 8,24 bilhões) entre abril e junho de 2015, um salto de 42,7%, igualmente na comparação anual.

Em resposta, quase todas as organizações de meios de comunicação tradicionais da China estão desenvolvendo o setor da nova mídia, segundo o relatório.

Até o fim de 2015, 100 milhões de pessoas tinham baixado o app líder de mercado da Agência de Notícias Xinhua.

Segundo a ANJC, a China agora tem 688 milhões de internautas, dos quais 620 milhões consomem internet móvel. Cerca de 82% desses usuários visitam sites de notícias por celulares.