PSOL-RJ apoia Jean e denuncia ofensas diárias ao parlamentar 

Em nota divulgada nesta quarta-feira (20), a Executiva Estadual do PSOL do Rio de Janeiro declara seu total apoio ao deputado Jean Wyllys, em função do episódio envolvendo o deputado Jair Bolsonaro (PSC-RJ) que, como de costume, ofendeu e agrediu o parlamentar do PSOL na sessão do último domingo (17), que votou o processo do impeachment. 

Jean Wyllys: Homofobia não se combate apenas com prisão

De acordo com o PSOL-RJ, a atitude de Bolsonaro representa “mais uma expressão da degradação do parlamento brasileiro, contra a qual nossa corajosa bancada de seis parlamentares honestos e combativos luta cotidianamente”.  

Na nota, o partido destaca as várias mentiras espalhadas contra Jean, especialmente por representantes e apoiadores da bancada da bíblia, que abriga o próprio Bolsonaro, Eduardo Cunha e Marco Feliciano. “Eles fazem isso contra Jean pela defesa que o nosso deputado faz das lutas dos oprimidos, dos difamados e das minorias alijadas de direitos”.
 
Confira, abaixo, o texto completo.
 
Toda solidariedade a Jean Wyllys
 
A Executiva Estadual do PSOL do Rio de Janeiro se solidariza com o deputado federal Jean Wyllys (PSOL-RJ) e expressa publicamente seu total apoio ao parlamentar em sua luta pela democracia, os direitos humanos e as liberdades individuais e contra o fascismo e o fundamentalismo. O triste episódio envolvendo o deputado Jair Bolsonaro, que mais uma vez agrediu e ofendeu o Jean no plenário da Câmara, foi mais uma expressão da degradação do parlamento brasileiro, contra a qual nossa corajosa bancada de seis parlamentares honestos e combativos luta cotidianamente.
 
Desde o início do seu primeiro mandato na Câmara dos Deputados, Jean é alvo constante de campanhas difamatórias covardes e criminosas orquestradas pela quadrilha liderada pelo réu Eduardo Cunha e pelas bancadas da bíblia, do boi e da bala, representantes do reacionarismo, do fundamentalismo e do desprezo pelos direitos humanos. Já inventaram uma falsa entrevista que mostrava Jean defendendo a pedofilia; inexistentes projeto de lei para “mudar trechos da Bíblia”, “obrigar as crianças a mudar de sexo”, “implantar o ensino da religião islâmica nas escolas” e outros absurdos semelhantes; falsas declarações de Jean ofendendo os cristãos e falando que a Bíblia “é uma palhaçada”; uma inexistente contribuição de 1 milhão de reais do governo federal para um filme sobre ele, entre outras mentiras que circulam nas redes sociais. Tudo isso é feito com um grande investimento de dinheiro para espalhar as mentiras contra o Jean e tentar sujar sua reputação.
 
Eles fazem isso contra Jean pela defesa que o nosso deputado faz das lutas dos oprimidos, dos difamados e das minorias alijadas de direitos. Não o perdoam por ser autor dos projetos de lei de casamento igualitário, a lei de identidade de gênero, a legalização do aborto, a legalização da maconha. O que não perdoam é ele defender o povo de santo, as prostitutas, os LGBT, os povos indígenas, as vítimas da violência policial, as mulheres. O que não perdoam é ele denunciar e contestar com inteligência a agenda conservadora e reacionária do réu-presidente da Câmara e sua corja.
 
Por isso, no dia a dia do parlamento, Jean é permanentemente hostilizado, intimidado e desrespeitado por outros parlamentares e recebe constantes ataques e ameaças. O deputado Jair Bolsonaro costuma insultá-lo nas reuniões das comissões da Câmara, chamando-o de “bichinha”, “veado”, “cu ambulante”, “queima-rosca” e outras ofensas homofóbicas e palavras de baixo calão. Qualquer pessoa LGBT, assim como mulheres, negros e negras e outros setores oprimidos, sabem o que significa ser insultado e ofendido todos os dias. Os homofóbicos, racistas e machistas querem a impunidade para fazer isso sem receber resposta. Querem que os alvos de suas ofensas fiquem calados e sem reagir. Mas nós, do PSOL, reagimos, contestamos, lutamos e não nos calamos. E não aceitamos essa inversão perversa que culpabiliza os oprimidos e enaltece os opressores: depois da reivindicação pública que o deputado Bolsonaro fez da tortura e da morte, é absurdo que o escândalo seja a cuspida de Jean contra quem cospe diariamente na dignidade humana de milhões de cidadãos e cidadãs.
 
O deputado Jair Bolsonaro simboliza o que há de pior na nossa sociedade: fascismo, defesa da tortura, da pena de morte, da homofobia, do racismo, do machismo, desprezo pelos pobres, pela juventude, pelos estudantes, pelo saber, pela democracia. Há muito tempo que ele deveria ter sido expulso do Congresso Nacional e julgado pelos crimes que cometeu, mas a quadrilha liderada pelo réu Cunha protege aos seus e persegue os que defendem os direitos humanos da população e a ética na política.
 
Toda a nossa solidariedade a Jean! Fora Cunha! Fora Bolsonaro!
 
Executiva Estadual do PSOL-RJ
Rio de Janeiro, 20 de março de 2016