Bolívia e Venezuela firmam esta semana acordos energéticos

As estatais boliviana, Yacimientos Petrolíferos Fiscales Bolivianos (YPFB), e venezuelana, Petróleos de Venezuela Sociedad Anônima (PDVSA), firmam na próxima sexta-feira um importante acordo energético nos marcos da Alb

Segundo informações do governo, o presidente bolivariano chegará um dia antes na cidade de Sucre, no sul do país, para participar de uma celebração patriótica e no dia seguinte irá pra a zona central de Chapare, onde serão assinados este e outros acordos bilaterais. Para Jorge Alvarado, presidente da YPFB, o pacto energético fortalece a industrialização do gás natural boliviano, complemento da nacionalização dos hidrocarbonetos decretada em primeiro de maio e respaldada plenamente por Venezuela.

 

Os acordos permitirão instalar uma fábrica de separação de líquidos do gás natural com investimento de PDVSA, que receberá parte do que a fábrica produzir. Além disso, o empreendimento terá a YPFB como acionista majoritária, com ao menos 51% das ações, proporção que já aumentou, por efeito da privatização, nas empresas petrolíferas privatizadas na década passada.

 

Segundo Alvarado, a Venezuela está interessada em participar de uma aliança estratégica com a YPFB e em condições favoráveis para a Bolívia, em todas as etapas da cadeia produtiva dos hidrocarbonetos. “Eles vão fazer todas os investimentos e nós vamos pagar com parte da produção”, disse. Um projeto conjunto, igualmente financiado pela Venezuela, é uma fábrica de produção de 300 mil toneladas de gás líquido de petróleo.

 

Durante a visita de Chávez, será definida – segundo anúncio oficial – a instalação de outras duas fábricas, de separação de elementos sólidos de gás natural e de fabricação de plásticos, e uma de asfalto, assim como a doação deste material.

 

O presidente venezuelano e seu anfitrião, o presidente Evo Morales, participarão ainda da assinatura de outros importantes entendimentos dentro dos acordos integracionistas firmados em 28 de abril em uma cúpula de Havana, que se fazem no marco da Alternativa Bolivariana para os Povos da Nossa América (Alba) e do Tratado de Comércio dos Povos (TCP), mecanismos de cooperação e intercâmbio alternativos aos tratados de livre comércio (TLC) que promove os Estados Unidos.

 

Da Redação

Com agências.