Manuela D’Ávila desmonta acusações

A deputada estadual Manuela D’Ávila (PCdoB) utilizou sua página no Facebook, nesta quarta (23), para negar que  tenha recebido qualquer doação irregular de campanha da empresa Odebrecht. “Todas as doações que recebi foram lícitas, todas as prestações de contas foram aprovadas. Entretanto, não recebi doação de nenhuma empresa do Grupo Odebrecht para a candidatura de 2012”, reiterou.

Manuela Dávila

“Os gaúchos conhecem minha trajetória e sabem que jamais estive envolvida em nenhum ato ilícito. Além disso, os porto-alegrenses acompanharam minha campanha para prefeita em 2012. Tive uma campanha dura, resultando em mais de R$ 600 mil de dívidas na conta nominal de minha candidatura e mais de R$ 150 mil em dívidas no comitê financeiro de meu partido”, escreveu a deputada.

Manuela teve seu nome citado em uma lista, divulgada nesta quarta-feira (23), que traria supostos repasses da empreiteira a mais de 200 políticos. A planilha, divulgada pelo jornalista do UOL Fernando Rodrigues, foi apreendida em buscas realizadas na Odebrecht durante a 23ª fase da Operação Lava Jato. Só depois do vazamento, quando toda a imprensa já havia divulgado o conteúdo da lista, o juiz Sérgio Moro decidiu colocá-la em segredo de Justiça.

Manuela se disse surpresa em ter seu nome mencionado nos papéis e afirmou que tem pressa em esclarecer o assunto. É nesse sentido que se colocou à disposição para esclarecimentos e irá requerer judicialmente acesso à documentação para ter acesso às informações. 

A deputada especulou que a Odebrecht pode ter feito projeções de contribuições à sua campanha à Prefeitura de Porto Alegre, em 2012, a partir do favoritismo pré-eleitoral da candidata. Mas, com a sua queda nas pesquisas, tais doações não teriam acontecido.

Em vídeo, ela destacou que, em um dos documentos divulgados, que tem data de 2 de setembro de 2012, consta que o PCdoB do Rio Grande do Sul, seu partido, não teria recebido nenhum recurso da Odebrecht. “Vejam vocês que é exatamente quando eu começo a cair nas pesquisas de intenção de voto. Portanto, eu deduzo que, se eles pretendiam me dar dinheiro, não deram, porque viram que eu não tinha viabilidade eleitoral.”

De acordo com a deputada, se ela tivesse recebido recursos da empreiteira, a sua campanha a prefeita de Porto Alegre, em 2012, não teria sido “a mais dura” de sua vida. Veja abaixo o vídeo:


Publicado por Manuela D'Ávila em Quarta, 23 de março de 2016