Documentos comprovam envolvimento de FHC e Serra com irmãs Dutra

Mais um fato foi conhecido na noite desta quinta-feira (18) envolvendo o ex-presidente Fernando Henrique Cardoso e sua ex-amante, Mirian Dutra Schmidt. A irmã dela, Margrit Dutra Schmidt, é funcionária fantasma do Senado há 15 anos e foi nomeada pelo então presidente FHC em 1995 no Ministério da Justiça. Atualmente está lotada no gabinete do senador tucano José Serra.

FHC e Serra envolvidos com funcionária fantasma

Segundo informações da imprensa, Margrit nunca exerceu o cargo por onde “trabalhou”, como no gabinete do ex-senador Arthur Virgílio (PSDB), atual prefeito de Manaus, e da senadora Lúcia Vânia (ex-tucana – agora do PSB-GO).

Questionado sobre o fato de ninguém em seu gabinete conhecer a existência da funcionária, José Serra respondeu que ela trabalha de casa, em um projeto secreto. “Ainda é um projeto sigiloso, peço que você não adiante o que é. Lançarei em breve. Queria alguém que me ajudasse em questões não econômicas”, disse ao colunista do jornal O Globo, Lauro Jardim. Entretanto, é sabido que o home office (quando o funcionário trabalha em casa) é proibido pelas regras do Senado.

O senador tucano justificou ainda a ausência da funcionária pela falta de espaço em seu gabinete e admitiu: “Conheço a ‘Mag’ há muitos anos. Tenho relações pessoais e intelectuais”, disse Serra.

Entretanto, o jornalista Fernando Brito, do Blog Tijolaço, comprova que o “trabalho” de Margrit em Brasília começou bem antes: é o que comprova o Diário Oficial da União, de  28 de março de 1995, em que o então presidente da República, Fernando Henrique Cardoso, designa sua “ex-cunhada” para dirigir o Departamento de Classificação Indicativa do Ministério da Justiça. 

Conforme noticiou o Viomundo, Margrit é uma militante contra a corrupção nas redes sociais. Em uma publicação em janeiro deste ano, ela refere-se ao ex-presidente Lula como “Molusco” e denuncia Dilma por “cultuar” Getúlio Vargas e Leonel Brizola. Como grande parte da elite brasileira, a mulher que é funcionária fantasma do Senado há pelo menos 15 anos é catastrófica quando se fala do seu país. “O Brasil acabou. E tem gente que defende esta corja”, diz, se “sentindo sarcástica”.