Conselho de Ética enfrenta mais manobras contra a cassação de Cunha 

Em mais uma tentativa de dar prosseguimento à análise do processo relativo ao presidente da Câmara dos Deputados, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), o Conselho de Ética e Decoro Parlamentar da Câmara se reúne na tarde desta terça-feira (16). Por manobras regimentais da sua tropa de choque na Casa, Cunha tem conseguido adiar a decisão do processo. 

Conselho de Ética enfrenta mais manobras para cassação de Cunha - Agência Câmara

No último dia 2, quando foram reabertos os trabalhos legislativos, o 1º vice-presidente da Câmara, deputado Waldir Maranhão (PP-MA), entregou ao Conselho decisão anulando a reunião do colegiado em que havia sido aprovada a abertura de processo disciplinar contra Cunha.

Maranhão atendeu a um questionamento do deputado Carlos Marun (PMDB-MS). Segundo Marun, a análise do caso deveria ter sido retomada do início quando o relator original, deputado Fausto Pinato (PRB-SP), foi substituído em dezembro pelo atual relator, Marcos Rogério (PDT-RO).

Para hoje, a expectativa é que com um pedido de vista do relatório do deputado Marcos Rogério, que pede a continuidade das investigações, Cunha consiga mais uma vez ver adiada a análise do processo.

Nova composição

O conselho vai se reunir já com nova composição. O deputado Arnaldo Faria de Sá (PTB-SP), renunciou à vaga no colegiado. Ele votou a favor da continuidade das investigações contra Cunha e saiu do conselho depois que o líder do partido, Jovair Arantes (GO), pediu a vaga.

Ele já indicou o substituto de Faria de Sá. O deputado Nilton Capixaba (RO), que já foi alvo de processo no Conselho de Ética, em 2006, por envolvimento na Máfia dos Sanguessugas em que houve compras superfaturadas de ambulâncias com dinheiro público.

A cassação dele chegou a ser aprovada no Conselho de Ética, mas não chegou ao plenário porque houve o fim da legislatura e Capixaba não foi reeleito.