Abin e PF não encontram provas contra físico perseguido pela mídia

Depois de lançar acusações transformando Adlène Hicheur, professor franco-argelino que trabalha no Instituto de Física da Universidade do Rio de Janeiro (UFRJ), a mídia agora diz que a Agência Brasileira de Inteligência (Abin) e a Polícia Federal não encontraram evidências contra ele.

Adlène Hicheur

"Não encontramos, pelo menos até agora, nada que possa a ligá-lo a grupos terroristas, afirmou um policial ao jornal O Globo. O pesquisador foi acusado de “formação de quadrilha” com terroristas, e apesar de já não dever mais nada à Justiça francesa foi tratado como foragido pela mídia que o caçava no Rio de Janeiro.

A revista Época divulgou com destaque que o pesquisador foi condenado, na França, a cinco anos de prisão por supostamente ter ligações com terrorismo e insinuou que o pesquisador seria uma célula para ações.

Mas as investigações dos órgãos brasileiros, que já estão em andamento há mais de um ano, não indica qualquer envolvimento ou atuação terrorista.

Perícia realizada no apartamento do professor apreendeu material e, segundo os investigadores, nada do que foi encontrado indicam algum tipo de atividade suspeita. Nas buscas em seu apartamento, foram recolhidos agendas, computadores e material de trabalho.

Hicheur tem vínculo com a UFRJ até julho, mas diante da criminosa atuação da imprensa, informou aos colegas que pretende deixar o país.