Defesa anuncia ação de 220 mil militares para combater Aedes aegypti

Em entrevista coletiva nesta quarta-feira (27), o ministro da Defesa, Aldo Rebelo, anunciou o aumento da atuação de militares no combate ao Aedes aegypti, mosquito transmissor de doenças como a dengue e as febres chikungunya e amarela, além do zika vírus. As ações envolvem a mobilização de militares para a entrega de panfletos e visitas a casas e escolas.

Aldo rebelo - G1

"É a campanha de esclarecimento casa por casa. Para essa campanha, nós mobilizaremos 220 mil homens e mulheres das três Forças, sendo 160 mil do Exército, 30 mil da Marinha e 30 mil da Aeronáutica. Um pouco mais de 60% do efetivo total de 300 mil homens e mulheres das Forças Armadas. Terá a participação de todos os escalões das Forças Armadas", afirmou Aldo, destacando que outras setores poderão se incorporar para essa ação, marcada para o dia 13 de fevereiro.

O ministro salientou que "esse esforço maior de participação é correspondente ao esforço que o próprio governo, não só a União, mas também os Estados e prefeituras, fazem". "Quando somos mobilizados para essa finalidade, respondemos prontamente", ressaltou.

Segundo do ministro, a expectativa é visitar cerca de 3 mil residências em apenas 1 dia. Ele ressaltou que a a mobilização da campanha contra o mosquito é mérito do Ministério da Saúde e a Defesa atua como subsidiária.

"Nós somos uma força subsidiária. Atuamos subsidiariamente e organizamos aqui, com as Forças Armadas, uma contribuição, distribuída em quatro etapas, envolvendo todos os efetivos das Forças Armadas", pontuou.

De acordo com o ministro, as ações das Forças Armadas serão divididas em quatro fases. A primeira compreende um esforço coletivo para "a erradicação do mosquito em equipamentos das Forças Armadas, como quartéis e equipamentos militares".

A segunda fase é a estratégia de mobilização de 50 mil militares, já sob a orientação do Ministério da Saúde, para a distribuição dos meios e dos produtos para a erradicação do mosquito, como larvicidas e inseticidas, e outras medidas que o ministério julgue importante.

"Hoje, temos já cerca de 2.000 homens e mulheres em ação e vamos treinar mais o número necessário para alcançar os 50 mil. Receberemos o treinamento do MS e vamos treinar o efetivo restante. Esses estarão à disposição do Ministério da Saúde para uma atuação mais perto dele", detalhou.

A quarta e última fase compreende "a disponibilidade também de praças e oficiais, sargentos e oficiais, para levar essa campanha para as escolas".

"Já conversei com o ministro da Educação para receber diretrizes, do ministério e das secretarias da educação, para a mobilização e empenho do nosso efetivo nas escolas. […] Vamos apoiar a prevenção e combate do mosquito nas escolas", enfatizou.