CDH repudia assassinato de menino indígena e pede investigação 

A Comissão de Direitos Humanos da Câmara (CDH), presidida pelo deputado Paulo Pimenta (PT-RS), divulgou nota nesta quarta-feira (6) pedindo investigação e punição exemplar para o assassino do menino Kaingang Vítor Pinto, morto há uma semana na rodoviária de Imbituba (SC), enquanto era alimentado no colo de sua mãe.

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“Ideias e práticas genocidas devem ser combatidas com veemência. Investigar e punir o responsável não é apenas uma exigência da legislação, trata-se de um imperativo de direitos humanos, para que não voltem a ocorrer novos horrores motivados pelo preconceito”, diz o texto de nota.

As motivações para o crime permanecem incertas e, atualmente, um segundo suspeito está temporariamente preso, depois de uma detenção equivocada feita pela polícia.

Em nota emitida dia 31 de dezembro, o Conselho Indigenista Missionário (Cimi) manifestou preocupação com o clima de intolerância que se propaga na região sul do país contra os povos indígenas.

“Um racismo – às vezes velado, às vezes explícito – é difundido através de meios de comunicação de massa e em redes sociais. Ocorrem, com certa frequência, manifestações públicas de parlamentares ligados ao latifúndio e ao agronegócio contrários aos direitos dos povos indígenas e que incitam a população contra estes povos”, denunciou o Cimi.

Conforme dados levantados pelo Relatório Violência Contra os Povos Indígenas 2014, do Cimi, 138 assassinatos de indígenas foram registrados no Brasil naquele ano. Nos últimos 12 anos, foram 754 assassinatos.