Aécio dá novo cano e não vai ao ato do golpe que tenta promover

O senador Aécio Neves (PSDB-MG), candidato derrotado nas urnas, convoca a população para ir às ruas pelo impeachment da presidenta Dilma Rousseff, mas não comparece. Essa não é a primeira vez que o senador dá cano em seu companheiros oposicionistas, pelo contrário, trata-se de uma marca do tucano.

Aécio Neves PSDB - Agência Senado

A assessoria do senador informou que ele não participaria do ato realizado neste domingo (13), em Belo Horizonte, data do 47º aniversário do Ato Institucional número 5, baixado pelos militares em 13 de dezembro de 1968. O AI-5 aboliu direitos civis, oficializou a censura e abriu espaço para um período de trevas na história brasileira.

Aécio, que já apareceu na TV convocando os inconformados com o resultado das urnas, na esconde que esperava que as manifestações de rua dessem fôlego para atropelar a Constituição e impor o golpe contra o mandato da presidenta Dilma.

Mas diante do número minguado de pessoas que compareceram aos atos, Aécio não deu o ar de sua graça. Aliados do tucano tentaram justificar o fracasso do ato que eles convocaram. “É uma época, a meu juízo pessoal, um pouco adversa a esse tipo de manifestação porque estamos praticamente em período nataliano”, disse o senador Antonio Anastasia (PSDB-MG), filhote político de Aécio e ex-governador de Minas Gerais.

Já o deputado federal Domingos Sávio (PSDB-MG) disse que as manifestações de rua não são tão importantes. “Hoje tem uma série de forma de se manifestar”, disse ele, se referindo à opção das críticas via redes sociais. “É claro que a manifestação de rua é mais impactante, mas não é a única forma de manifestação”.

Em maio, integrantes do Vem Pra Rua e o Movimento Brasil Livre ficaram indignados com o cano de Aécio e o chamaram de "convarde". Outro que ficou chateado foi o cantor Lobão, que abandonou a manifestação sob protestos pelo furo de Aécio.