Alice Portugal alerta sobre preconceito no Dia da Luta Contra a Aids 

Nesta terça-feira – 1º de dezembro, comemora-se o Dia Mundial de Luta Contra a Aids, que faz parte da campanha dos 16 Dias de Ativismo pelo Fim da Violência Contra a Mulher. A data foi lembrada pela deputada Alice Portugal (PCdoB-BA) que afirmou que “apesar de o Brasil ter um dos melhores tratamentos de Aids em todo mundo, a questão do preconceito ainda é um grande entrave.” 

Alice Portugal alerta sobre preconceito no Dia da Luta Contra a Aids

“O preconceito precisa ser derrubado para que as pessoas que vivem com a Aids não abram mão da própria vida. O preço desse comportamento social é a não busca do diagnóstico pelo paciente, a vergonha e a não adesão ao tratamento. Viver com Aids é possível, mas com preconceito não”, disse em postagem nas redes sociais.

A campanha deste ano dá enfoque aos jovens gays de 15 a 24 anos das classes C, D e E. A ação busca discutir as questões relacionadas à vulnerabilidade ao HIV/aids, na população prioritária, sob o ponto de vista do estigma e do preconceito. A ideia é estimular a reflexão sobre a falsa impressão de que a Aids afeta apenas o outro, distante da percepção de que todos estamos vulneráveis.

Referência Mundial

O Unaids, programa das Nações Unidas sobre HIV, reconhece o Brasil como referência mundial no controle da Aids. O programa da ONU destaca que o Brasil foi o primeiro país a oferecer combinação do tratamento para HIV.

Com a garantia do acesso universal ao tratamento do HIV, o Ministério da Saúde negociou com multinacionais farmacêuticas para garantir a continuidade do acesso aos medicamentos antirretrovirais aos brasileiros e, assim, conseguiu estruturar um programa forte de controle da epidemia. Atualmente, cerca de 404 mil pessoas usam estes medicamentos, ofertados pelo Sistema Único de Saúde (SUS).

Segundo dados do relatório anual da Unaids, o número de casos novos de Aids está diminuindo no mundo, mas no Brasil preocupa o crescimento da doença entre os jovens. O número de casos entre pessoas de 15 a 19 anos aumentou 53% de 2004 a 2013.

Por outro lado, o relatório tem dados positivos. De 2000 a 2014, o número de infecções no mundo caiu 35% e passou de 3,1 milhões para dois milhões no ano passado. O número de mortes também caiu 41% nesses 15 anos.