Contra impunidade, Jandira mobiliza sociedade nas redes sociais

Para protestar contra a decisão de arquivamento do processo em que a deputada federal Jandira Feghali (PCdoB/RJ) acionou o deputado Alberto Fraga (DEM/DF), em maio deste ano, pelo ataque sofrido por ela no Plenário da Câmara, a assessoria da deputada Jandira está mobilizando pelas redes sociais à sociedade. O "tuitaço" acontece nesta segunda-feira (23), às 16 horas.

Para a assessoria da deputada, a ação servirá para chamar a atenção do que representa a "descontinuidade do processo e a legitimidade do discurso que incentiva a violência de gênero no país".

No início do ano, o deputado Fraga usou o microfone do Plenário para atacar a parlmantar comunista. À época disse: "Mulher que bate como homem, deve apanhar como homem". Naquela noite de votações da Câmara, Jandira havia sido agredida fisicamente pelo deputado Roberto Freire (PPS/SP) ao defender seu colega de bancada Orlando Silva (PCdoB/SP): "Eu havia tentado impedir Freire de empurrar Orlando durante um discurso quando Freire pegou meu braço com força e puxou. Consternada pela atitude, Fraga foi ao microfone disse aquela coisa horrorosa. Um homem público tentando justificar uma violência. Inaceitável", avalia Jandira.

A hashtag que os movimentos estão mobilizando para o tuitaço desta segunda (23) é #ViolênciaNãoSeJustifica.

Na última pesquisa divulgada sobre violência de gênero no Brasil, o Mapa da Violência 2015: Homicídio de Mulheres no Brasil, estudo elaborado pela Faculdade Latino-Americana de Ciências Sociais (Flacso), aponta que ao menos 13 mulheres morrem ao dia por violência de gênero. Maior parte dos assassinatos é derivada de violência doméstica, por parceiros ou ex-parceiros.