Jô Moraes defende construção de moradias para vítimas da Samarco
“Além das medidas emergenciais de amparo é preciso garantir um projeto de reconstrução de moradias para as famílias atingidas, com a participação efetiva e decisiva de todas elas”, afirmou a deputada federal Jô Moraes (PCdoB-MG), após visita que fez, esta semana, ao município de Mariana. Jô integrou a comitiva de deputados federais e estaduais de Minas Gerais que visitaram a cidade, na Região Central do Estado, palco de um dos maiores desastres ambientais do País.
Publicado 20/11/2015 13:46
Jô Moraes também defende a criação de uma assembleia permanente das famílias atingidas pelo desastre para que elas possam participar dos debates e defender suas propostas para a retomada de suas vidas cotidianas. “Sabemos que nada mais será como antes, mas elas precisam de garantias para tocar suas vidas”, reiterou a deputada.
Antes de embarcar para Mariana, deputados federais e estaduais reuniram-se no Salão Nobre da Assembleia Legislativa para traçar estratégias de atuação. O propósito é tratar o problema tanto do ponto de vista emergencial, quanto estrutural.
A deputada defendeu a aceleração da tramitação e votação do novo Código da Mineração. E o acompanhamento e monitoramento das outras 750 barragens existentes no Estado de Minas Gerais, das quais cerca de 450 são usadas por mineradoras, sendo que 40% delas são classificadas como de risco.
Na última quinta-feira (12), duas barragens de rejeitos da mineradora Samarco se romperam e uma avalanche de lama contaminada matou trabalhadores, moradores e destruiu completamente o distrito de Bento Rodrigues, a 23 quilômetros de Mariana.
A tragédia continua rumo ao Espírito Santo e já atingiu o Rio Doce, com toneladas de lama, levando desespero às populações ribeirinhas e provocando a destruição do ecossistema. Até o momento são contabilizados 11 mortos e 15 pessoas estão desaparecidas. Segundo autoridades estaduais, 185 famílias perderam ou tiveram seus imóveis comprometidos pelo desastre.