Justiça dá 24 horas para Samarco-Vale conter sua lama tóxica

A mineradora Samarco-Vale tem 24 horas para adotar medidas que impeçam a chegada da lama das duas barragens rompidas em Mariana, Minas Gerais, ao litoral do Espírito Santo. Foi o que determinou a Justiça Federal no Espírito Santo, com base em uma ação do Ministério Público Federal (MPF).

Samarco VAle Baixo Guandu Espírito Santo

A partir de cálculos do Ibama, estima-se que os rejeitos de mineração devem chegar ao litoral capixaba nesta sexta-feira (20). Para cada dia de descumprimento da decisão a mineradora será multada em R$ 10 milhões.

Na ação, o MPF solicita que a empresa apresente um plano de prevenção e contenção da lama, levando em consideração as especificidades naturais de cada área, como mangues e praias.

O Serviço Geológico do Brasil, que vem monitorando o avanço dos rejeitos de mineração da barragem, não confirma a estimativa do Ibama de que a lama chegará na sexta-feira ao litoral do Espírito Santo.

Outras liminares foram concedidas nas varas federais nos municípios de Linhares e Colatina – nesse, uma delas foi pela reparação de danos ambientais e morais coletivos.