Argentinos devem escolher entre o mercado ou o Estado, diz Scioli

O candidato à presidência da Argentina, Daniel Scioli, da Frente Para a Vitória, falou ao seu adversário, Maurício Macri, da coalizão Cambiemos, que não participe do próximo debate, no domingo (15), com “instruções publicitárias ditadas por seu assessor equatoriano [Jaime Durán Barba] e vazias de conteúdo”. Acrescentou ainda que para ele, o importante é que a Argentina seja um país produtivo e não um país financeiro.

Daniel Scioli - Charly Diaz Azcué

O debate que será realizado exatamente uma semana antes das eleições, no dia 22, acontece na Faculdade de Direito da Universidade de Buenos Aires, e será transmitido por todos os canais de televisão. Scioli afirmou que será uma oportunidade para esclarecer o povo argentino sobre as dois projetos de governo em disputa.

“Espero que seja um debate sem hipocrisia, sem instruções publicitárias vazias, vamos com toda a responsabilidade para ter um posicionamento”, disse. Scioli deixou claro qual é o projeto defendido por seu opositor, ao afirmar que para a Frente Para a Vitória, o importante é um “paraíso produtivo, não um paraíso fiscal”. Segundo ele, a coalizão Cambiemos propõe “liberar todo tipo de câmbio, e já sabemos qual o efeito desta medida”.

Para Scioli, esta disputa não é apenas entre um candidato e outro, mas sim, entre “o mercado e o setor privado, ou o público com um Estado que dê assistência, que dê direitos”.

Em entrevista a uma rádio local, o candidato apoiado por Cristina Kirchner destacou seu compromisso com a sociedade com o modelo de país iniciado por Néstor Kirchner, em 2003. Confiante, ele acredita que os eleitores estão “fazendo convites espontâneos em defesa dos serviços públicos e da presença do Estado”.