Governos estaduais cometem pedaladas, mas contas não são rejeitadas

A oposição tenta a qualquer custo emplacar um pedido de impeachment contra a presidenta Dilma Rousseff por conta do atraso no repasse de pagamentos de programas sociais aos bancos públicos, o que elas chamam de pedaladas fiscais. No entanto, os governos estaduais, inclusive do PSDB, realizaram as mesmas medidas. Nenhum deles, no entanto, foi reprovado nos Tribunais de Contas estaduais.

Procurador recebe denúncia de caixa 2 na campanha de Beto Richa

Reportagem publicada pela Folha de S. Paulo desta segunda feira (26), mostra que o Ministério Público de Contas de Goiás, por exemplo, acusou o governador Marconi Perillo (PSDB) de adotar no ano passado o empréstimo de dinheiro público para pagar despesas do dia a dia do governo.

No Paraná, o governo Beto Richa (PSDB) revisou o déficit de quase R$ 1 bilhão das contas estaduais em 2014 para um rombo menor, de cerca de R$ 180 milhões. e não foi só isso: ele também reduziu em R$ 3,5 bilhões a meta do resultado primário – receitas menos despesas – de 2014, que passou a prever deficit em vez de superavit. A manobra foi considerada pelo Ministério Público como uma medida "escusa", mas não levou a rejeição das contas.

No Amazonas, o governo de José Melo (Pros) aprovou uma lei retroativa no final do ano que permitiu gastar dinheiro de fundos voltados para o turismo e microempresas com o item "administração". O governo amazonense justifica que a medida “é legal”.