População quer eleição "sem influência do poder econômico", diz OAB

O presidente da Ordem dos Advogados do Brasil, Marcus Vinícius Furtado Coêlho, reafirmou a posição da entidade pelo fim do financiamento empresarial de campanhas. Ele disse nesta quarta-feira (30), que espera que o Congresso mantenha o veto da presidente Dilma Rousseff que liberava as doações de empresas, em consonância com a decisão do Supremo Tribunal Federal.

Marcus Vinícius Furtado Coêlho presidente da OAB

"Não podendo fazer outra coisa senão seguir a decisão do STF (Supremo Tribunal Federal), a presidente Dilma Rousseff vetou trechos da minirreforma política, em especial o artigo que possibilitaria o inconstitucional investimento empresarial em campanhas", declarou Marcus Vinícius, ressaltando que “a ampla maioria da população quer eleições sem a influência do poder econômico já em 2016”.

Marcus disse ainda que "espera que o veto seja respeitado evitando novas discussões jurídicas". O presidente do Supremo Tribunal Federal, Ricardo Lewandowski, já adiantou que, caso o Congresso aprove o financiamento, a medida não terá validade, por conta da decisão de inconstitucionalidade proferida pela corte.

O Ministério da Justiça e a Advocacia-Geral da União (AGU) também manifestaram ao Senado sua posição favorável aos vetos ao financiamento empresarial a campanhas e políticos por entenderem que “a possibilidade de doações e contribuições por pessoas jurídicas a partidos políticos e campanhas eleitorais confrontaria a igualdade política e os princípios republicano e democrático, como decidiu o Supremo Tribunal Federal na Ação Direita de Inconstitucionalidade proposta pelo Conselho Federal da Ordem dos Advogados do Brasil”.