Jussara Cony defende reforma política para ampliar democracia

“No atual estágio da democracia brasileira, a reforma política é a principal das reformas estruturantes de que o Brasil precisa. É, portanto, a reforma-mãe”, disse a vereadora Jussara Cony (PCdoB) na sessão plenária desta segunda-feira, 21, em discurso no qual abordou a correta decisão do STF contrária ao financiamento privado de campanha em contraponto ao conservadorismo do Congresso Nacional na atual legislatura.

“Temos uma correlação de forças, especialmente na Câmara Federal, antagônica aos interesses do fortalecimento da nossa democracia e à garantia de políticas públicas que consolidem direitos do povo. Um Congresso que está de costas para os anseios da Nação é nefasto para o país”, enfatizou.

Jussara ressaltou que “a manutenção, pela Câmara Federal, do financiamento de empresas, defendido pelos mesmos que se dizem contra a corrupção – como se o financiamento privado não fosse o principal instrumento de corrupção da história do Brasil – é muita hipocrisia!”.
“Como o Parlamento não cumpriu o seu papel, o Judiciário, através do STF, se pronunciou apontando a ilegalidade do financiamento privado”, completou.

Jussara também criticou as posições adotadas pela Câmara Federal no que diz respeito aos recursos para a saúde. “À frente da Câmara, o deputado Eduardo Cunha não coloca em votação o Projeto de Lei de Iniciativa Popular que garante 10% das receitas totais brutas da União para a saúde. Em contrapartida, defende 10 % das receitas líquidas e emendas parlamentares, proposta além de não resolver os gargalos financeiros do SUS, cria uma relação promíscua”.

A vereadora lembrou ainda sua participação na 7ª Conferência Estadual de Saúde, realizada neste final de semana no auditório Araújo Viana. “Aprovamos, na plenária final, propostas como o fim do financiamento de campanha como forma de reduzir os males da corrupção e a promiscuidade entre Congresso e setores econômicos diversos, inclusive aqueles ligados à saúde privada. Também reafirmamos a necessidade de se aprovar o PLPI dos 10% das receitas brutas da União para a saúde, os 25% do pré-sal para a saúde e posição contrária ao uso de emendas parlamentares para a saúde”.

Foto: Guilherme Almeida/CMPA

(PL)