Jussara Cony: desrespeito aos servidores é desrespeito ao povo gaúcho

Com esta frase, a vereadora Jussara Cony (PCdoB) deu o tom de seu discurso pronunciado na tarde desta quinta-feira, 17, durante sessão da Câmara de Porto Alegre. Focada na gravidade da situação do estado, Jussara abordou as medidas neoliberalizantes do governo Sartori, o descaso com os servidores e a população e as tentativas de desmontar e privatizar as estruturas estatais estratégicas. 

A vereadora também tratou da falta de diálogo e democracia evidenciada no fechamento da Assembleia Legislativa ontem durante votação de projetos do Executivo.

“Nós, do PCdoB, temos a convicção de que o governo Sartori, que foi eleito sem programa, mostrou a sua verdadeira face. Seu projeto é o do desmonte e da diminuição do papel do Estado. Este é o seu posicionamento político-ideológico”, destacou.

Referindo-se às posições adotadas pela bancada do PCdoB na Alergs formada pelos deputados Manuela d’Ávila (licenciada) e Juliano Roso, a vereadora questionou as medidas que visam acabar com a Fundação Zoobotânica, Fundergs e Fepps. “Qual a coerência de um governo que propõe o desmantelamento de sustentáculos do desenvolvimento econômico, social e humano com base na produção de conhecimento, ciência, tecnologia e inovação e políticas pública lá na ponta, estratégicas para a qualidade de vida do povo gaúcho?”, questionou.
“Esse desmonte programado, face oculta do seu projeto neoliberal, impõe regras retrógradas, sacrificando o funcionalismo através do cancelamento de salários, de tentativas de desmoralizar os servidores, de banalizar o significado dos servidores públicos e dos serviços públicos”, declarou.

Para a vereadora, o governo Sartori “não enfrenta a crise, ao contrário: está fugindo e agravando a crise. O resultado é que a população e todos nós estamos sentindo o caos no estado do RS. E esta responsabilidade é do governador e não dos servidores”. A vereadora enfatizou que as medidas adotadas pelo governo “não resultam apenas da situação financeira do estado; trata-se, sim, de uma concepção que prega o estado mínimo, a precarização do trabalho e das políticas públicas. Os resultados serão nefastos na vida de todos”.

“Não tenho dúvidas de que o ocorrido ontem na Assembleia Legislativa é um capítulo deste processo, é reflexo de um governo que não olha para a sociedade, que não tem projeto a não ser o desmonte do estado, um governo arrogante, que se afasta inclusive daqueles que o elegeram, um governo que está se isolando”, disse Jussara.

(PL)