Depois do fim do TLC, Equador busca outros mercados
Diante da suspensão das negociações do Tratado de Livre Comércio (TLC) com os Estados Unidos, o Equador explora hoje novos mercados para suas exportações. Nas últimas viagens realizadas pelo presidente, Alfr
Publicado 19/05/2006 16:06
A Chancelaria equatoriana se pronunciou para olhar não somente o mercado norte-americano e destacou a importância de ingressar no mercado mexicano. Estima-se que a exportação de manga, banana e outras frutas do Equador abra amplas oportunidades no México. Posteriormente, durante sua participação em Viena, na cúpula União Européia-América Latina, o presidente dirigiu seus esforços em busca de convencer os europeus a iniciar negociações de um TLC com as nações andinas, da qual este país é membro.
O ministro de Energia, Ivan Rodríguez, se encontra agora na Venezuela em busca de um acordo que permita refinar o petróleo nacional em instalações desse país. O Equador deseja utilizar as refinarias da Petróleos de Venezuela (Pdvsa) e produzir ao menor preço os combustíveis indispensáveis para seu mercado interno, segundo um comunicado oficial.
Um acordo desse tipo foi iniciado o ano passado mas devido a fortes pressões internas ficou interrompido e as autoridades nacionais alegaram que existiam problemas técnicos relacionados com a compatibilidade do petróleo local e as plantas do vizinho. Agora, Rodríguez busca a colaboração da Pdvsa para conseguir “incrementar a produção de gás líquido de petróleo, gasolina e diesel”, ante a incapacidade das refinarias nacionais de cobrir a demanda interna.
Nesse contexto, o ministro equatoriano de Comércio Exterior, Jorge Illingworth, confirmou ontem que estão iniciando negociações para aprofundar um acordo com o México e por terminar um convênio de complementação econômica com o Chile. “Está previsto para em junho começarem conversações com vários países da América Central”, enfatizou ao sublinhar que este é um trabalho difícil mas possível.
Outros funcionários do governo afirmaram que o país busca novos mercados, como Rússia, China e no Oriente Médio, onde há amplas possibilidades para inserir suas frutas e flores.
As declarações foram dadas em meio à críticas e rechaço de setores empresariais nacionais que ansiavam por um acordo de livre comércio com Washington, mantendo o prejuízo para a maioria da população que vive na pobreza.
Da Redação
Com agências