Marcha das Margaridas conquista Patrulha Maria da Penha para o campo

A Marcha das Margaridas conquistou mais uma importante vitória para ampliar os direitos das mulheres e lhes conceder uma vida digna e sem violência. No dia 12 de agosto, a ministra da Secretaria de Políticas Públicas para as Mulheres da Presidência da República, Eleonora Menicucci, assinou uma portaria que autoriza a criação da Patrulha Maria da Penha Rural.

Patrulha Maria da Penha - Divulgação

“Sabemos que esse patrulhamento não será o fim da violência, mas representa um passo importante para que as trabalhadoras rurais consigam mais respeito e possam levar suas vidas sem sentirem-se ameaçadas”, comemora Gicélia Bitencourt, secretária da Mulher Trabalhadora da CTB-SP.

De acordo com a ministra, as patrulhas serão diárias e passarão por lugares onde há indícios de violência. Outra tarefa será a de controlar se a medida protetiva, expedida a uma mulher, pela justiça, está sendo eficiente. “A patrulha, ligada à guarda de polícia municipal, é constante e diária e tem papel preventivo. Ela vê que tem situação de violência, acolhe a mulher e prende o agressor. As mulheres, os homens e a sociedade verão nela uma medida de segurança”, afirma.

Para Ivânia Pereira, secretária da Mulher Trabalhadora da CTB nacional, “essa conquista mostra a força da mulher para construir um mundo onde todas e todos sejam respeitados independentemente de gênero, cor, religião, ideologia ou poder econômico”.

Fundamental para melhorar a vida no campo, a patrulha chega “num momento importante para que as mulheres rurais sejam atendidas mais rápido em caso de violência. Porque como está não pode continuar, o atendimento acaba sendo demorado demais o que pode chegar a uma violência mais grave até mesmo a óbito”, reforça Sandra Alves Lemes, secretária de Mulheres da Federação dos Trabalhadores na Agricultura do Estado de Goiás.

Já Gicélia, pede mais rigor na lei contra qualquer tipo de violência de gênero e cobra dos governantes mais atitude em relação aos agressores. “Esperamos que a patrulha seja constante e que os governos locais se deem conta da necessidade de dar força a esse patrulhamento para inibirmos os agressores e quando acontecer a violência, que a vítima seja prontamente atendida e o agressor detido”.