FMLN denuncia ações desestabilizadoras contra governo salvadorenho

O secretário-geral da Frente Farabundo Martí para a Libertação Nacional (FMLN), Medardo González, reiterou sua denúncia sobre planos desestabilizadores impulsionados por setores de direita contra o governo salvadorenho.

Salvador Sánchez Cerén - Reprodução

Em uma entrevista com a emissora multinacional Telesur, nesta quarta-feira (19), o dirigente político assegurou que os objetivos dessas ações da direita nacional e internacional estão encaminhados contra El Salvador e outros países da América Latina que realizam mudanças em prol de seus povos.

"Nesta nação centro-americana há uma ofensiva das facções, do crime organizado e do narcotráfico que afeta a população não só através de assassinatos, mas também de extorsões que laceram as famílias e os pequenos comerciantes", explicou.

"A ofensiva está orquestrada com esforços da direita, particularmente do partido Aliança Republicana Nacionalista (Arena), para que o governo de Salvador Sánchez Cerén fracasse", afirmou.

Recordou que setores de direita criaram uma organização para pedir a renúncia do chefe de Estado e do vice-presidente, Oscar Ortiz.

Enfatizou que o propósito de toda esta ação é impedir que a FMLN consiga um terceiro período consecutivo de mandato, impor o neoliberalismo, privatizar o patrimônio salvadorenho e paralisar o processo de democratização no país.

Entre outras ações, disse, tentaram colocar as Forças Armadas contra o governo e gerar outra greve do transporte público, mas esses planos fracassaram no final de julho graças às medidas alternativas postas em prática pelas autoridades.

Medardo González afirmou que o governo tem o controle da situação, ao mesmo tempo em que está enfrentando as estruturas criminosas e impulsionando programas que a médio e longo prazos mudarão o contexto de violência, exclusão e pobreza imposto durante décadas pelos governos do Arena.